A acumulação descontrolada de lixo em várias esquinas do Vedado tem deixado os residentes do central bairro habanero em alerta, que denunciaram a insalubridade reinante e alertaram sobre o perigo que essa situação representa com a iminente chegada da temporada ciclônica.
Em ruas como 25 e H, 17 e 10, ou 13 e 10, as imagens mostram uma realidade alarmante: lixeiras transbordando, aterros improvisados no meio da via pública e resíduos que se acumulam por dias sem serem recolhidos.

A isso somam-se restos de podas, materiais de construção, plásticos e resíduos alimentares que contribuem para a proliferação de vetores como moscas, ratos e mosquitos.
Vizinhos como Ana Albarrán denunciaram que os caminhões de coleta não completam suas rotas com regularidade. “Ontem o caminhão desceu pela rua I e não passou por aqui. Estamos em frente ao CI Grandes Alamedas e a meia quadra do Instituto de Gastro. Com chuvas e bueiros obstruídos, isto é um desastre anunciado,” comentou em uma publicação que se tornou viral nas redes sociais.
A situação se agrava com o aumento do número de negócios privados na área —paladares, cafeterias, mipymes— que geram resíduos adicionais em uma infraestrutura que já não suporta. A falta de fiscalização e a escassa disciplina cívica transformaram essas áreas em pontos críticos para a saúde pública.
“Este vertedero está en 17 e 10. As moscas, os mosquitos e os roedores já têm voz própria. Não se trata de um simples incômodo, é uma ameaça direta à nossa saúde”, denunciou Isabel Xalabarder. Em 21 entre E e F, também foi relatada a acumulação de entulho por dias.
Em meio a esta crise de gestão de resíduos, os moradores exigiram responsabilidades. Questionaram quem controla as rotas dos caminhões coletores, por que não são aplicadas multas a quem descarta lixo fora dos contêineres e demandaram que sejam restabelecidos contêineres apropriados para o volume atual de resíduos.
A chegada da temporada de ciclones torna urgente a limpeza das ruas e dos drenos. “Não se trata apenas de podar árvores, mas de garantir a drenagem. Isso pode se transformar em uma tragédia sanitária e ambiental”, alertou Albarrán.
Os afetados exigem uma resposta imediata das autoridades do município Plaza de la Revolução e dos Serviços Comunais, antes que a situação se transforme em uma crise maior.
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