Maikelys Antonella Espinoza Bernal, uma menina venezuelana de dois anos que permaneceu sob a custódia do governo dos Estados Unidos após a deportação de seus pais, foi finalmente repatriada para a Venezuela.
A menor chegou ao aeroporto internacional Simón Bolívar a bordo de um voo especial dos Estados Unidos.
Foi recebida pela primeira-dama venezuelana, Cilia Flores, que a carregou nos braços enquanto os funcionários do regime de Nicolás Maduro celebravam o que qualificaram de "vitória".
“Hoje temos uma grande vitória”, declarou o ministro do Interior, Diosdado Cabello, perante veículos estatais presentes no aeroporto.
O caso esteve rodeado de tensões diplomáticas. Durante semanas, o governo venezuelano exigiu a devolução imediata da menor, acusando as autoridades americanas de "sequestro".
Washington, por sua vez, negou categoricamente essa acusação e afirmou que a separação da família visava proteger a menina, argumentando que seus pais tinham vínculos com o grupo criminoso Tren de Aragua.
A mãe, Yorelys Bernal, rejeitou essa versão e denunciou que as suspeitas poderiam ter surgido devido a suas tatuagens, que, segundo ela, representam apenas as datas de nascimento de seus familiares.
Em março, o pai da menina, Maiker Espinoza Escalona, foi deportado para El Salvador e enviado para a temida megacárcel de Cecot, utilizada pelos Estados Unidos para deter migrantes venezuelanos acusados de pertencer a gangues violentas.
Pouco depois, Bernal foi deportada para a Venezuela em um voo sem sua filha.
Maikelys foi finalmente reunida com sua mãe e sua avó nesta quarta-feira no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano.
O presidente Nicolás Maduro agradeceu o trabalho de advogados e organizações de direitos humanos nos EUA que colaboraram para fazer a repatriação da menor.
Também reconheceu o papel do embaixador Richard Grenell, enviado especial do ex-presidente Donald Trump, na mediação do caso.
Segundo documentos judiciais, a família entrou nos Estados Unidos em maio de 2024 para solicitar asilo. Enquanto os pais foram recolhidos em centros de detenção migratória, a menor ficou sob a tutela do Escritório de Reassentamento de Refugiados (ORR).
Durante vários meses, os pais mantiveram visitas semanais com a menina até que ambos foram deportados separadamente no contexto da nova política migratória do presidente Donald Trump.
Perguntas frequentes sobre a repatriação da menina venezuelana Maikelys Antonella Espinoza Bernal
Por que Maikelys Antonella foi retida nos Estados Unidos?
Maikelys Antonella foi retida nos Estados Unidos após seus pais serem deportados. As autoridades americanas argumentaram que a separação foi feita para proteger a menina, alegando vínculos dos pais com o grupo criminal Tren de Aragua, o que foi negado pela mãe, Yorelys Bernal.
Como foi a repatriação de Maikelys Antonella para a Venezuela?
Maikelys Antonella foi repatriada para a Venezuela em um voo especial dos EUA. Foi recebida no aeroporto internacional Simón Bolívar pela primeira-dama Cilia Flores e outros funcionários do regime de Nicolás Maduro, que comemoraram o retorno da menor como uma "vitória".
Qual foi a postura do governo venezuelano em relação à retenção de Maikelys?
O governo venezuelano acusou as autoridades americanas de "sequestro" ao manter a menina retida após a deportação de seus pais. Exigiram a devolução imediata de Maikelys e denunciaram o caso em fóruns internacionais.
Que papel desempenharam os advogados e as organizações de direitos humanos no caso de Maikelys?
Advogados e organizações de direitos humanos nos EUA colaboraram na repatriação de Maikelys Antonella. O presidente Nicolás Maduro reconheceu seu trabalho, assim como o papel do embaixador Richard Grenell na mediação do caso.
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