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Um grupo de estudantes e professores da Universidade Internacional da Flórida (FIU) se manifestou contra um acordo assinado entre essa instituição e o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE), que permitiria à polícia universitária receber treinamento para implementar leis migratórias no campus.
Os conflitos começaram quando a administração Trump revogou os vistos F-1 de 18 estudantes da Universidade Internacional da Flórida (FIU) entre 25 de março e 10 de abril de 2025, como parte do acordo com o ICE que faz parte do Programa 287(g).
Este convênio permite à polícia do campus atuar como agentes migratórios, incluindo interrogatórios e detenções. A medida gerou preocupação entre a comunidade acadêmica, diante do temor de que os campi se tornem espaços de controle migratório.
A presidenta da FIU justificou a mudança alegando a necessidade de priorizar recursos para residentes legais do estado.
No entanto, a medida gerou uma forte rejeição entre membros da comunidade acadêmica, pois consideram que coloca em risco a segurança e o bem-estar dos estudantes, especialmente aqueles com status migratório vulnerável.
Especialmente destacam que, sob este programa, os agentes policiais do campus não apenas poderiam interrogar, mas também prender e deportar os estudantes se suspeitarem que sua situação migratória é irregular.
As protestas ocorreram em frente ao edifício onde se reunia o conselho diretor da FIU, que analisa uma mudança na regulamentação institucional. Se aprovada, permitiria que agentes federais tivessem acesso aos registros acadêmicos dos estudantes.
Este acordo ocorre em um contexto de políticas migratórias cada vez mais rigorosas no estado da Flórida, em cumprimento às diretrizes do governador Ron DeSantis e da Administração Trump.
Para muitos, a colaboração entre universidades públicas e o ICE representa um novo ataque à educação superior e um fator que pode desestimular a presença de estudantes internacionais e migrantes nas instituições educacionais do estado.
A preocupação se estende também a estudantes beneficiários de programas como DACA, que já começaram a enfrentar consequências tangíveis, como a perda de bolsas acadêmicas e a incerteza quanto à continuidade de seus estudos em um ambiente que percebem como hostil.
A comunidade universitária espera que as autoridades da FIU reavaliem a implementação dessa colaboração, em defesa de um ambiente acadêmico seguro, inclusivo e voltado para o aprendizado.
Perguntas Frequentes sobre a Colaboração da FIU com o ICE e os Protestos Universitários
Por que estudantes e professores da FIU protestam contra a colaboração com o ICE?
Os estudantes e professores protestam porque o acordo com o ICE permite que a polícia universitária atue como agentes de imigração, o que consideram colocar em risco a segurança e o bem-estar dos estudantes, especialmente aqueles com situação migratória vulnerável.
O que implica o acordo entre a FIU e o ICE?
O acordo permite que a polícia do campus receba treinamento para implementar leis migratórias, o que inclui a capacidade de interrogar, deter e deportar estudantes se suspeitarem que sua situação migratória é irregular. Isso se insere no programa 287(g), que concede às forças de segurança locais a autoridade para agir como agentes migratórios.
Como isso afeta os estudantes internacionais e beneficiários do DACA na FIU?
O acordo gera incerteza e temor entre os estudantes internacionais e beneficiários do DACA, que já enfrentam consequências como a perda de bolsas acadêmicas e dúvidas sobre a continuidade de seus estudos em um ambiente que agora percebem como hostil.
Quais medidas o estado da Flórida está tomando em relação à imigração?
O estado da Flórida, sob a administração de Ron DeSantis, implementou políticas migratórias mais rigorosas, incluindo acordos com o ICE para que as forças de segurança locais atuem como agentes imigratórios. Vários acordos foram assinados em diferentes cidades da Flórida para facilitar a detenção e deportação de imigrantes indocumentados.
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