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A condenação de sete anos de prisão contra a ex-prefeita de Puerto Padre, Maricela Alonso Ojeda, gerou uma onda de reações nas redes sociais.
A maioria dos comentários que aparecem em uma publicação do grupo de Facebook Revolico Puerto Padre celebra a sanção à funcionária corrupta, embora outros questionem a impunidade em casos mais graves e apontem a hipocrisia no governo cubano.

Um dos mensagens mais compartilhadas diz: “Essa senhora fez muito mal a pessoas e foi uma grande manipuladora, usando o poder que teve. Mas nada, ela tem muita influência e sairá em breve.”
Outro usuário expressou sua insatisfação com a corrupção generalizada no país: “Se esses são os mais pequenos, o que se pode esperar das grandes ligas? A mediocridade e o abuso estão em toda parte.” “Agora cumpre dois ou três anos e continua roubando. Isso é normal em todos os lugares”, comentou outro leitor.
A comparação com outros funcionários também foi recorrente: “Pouco lhe pediram, mas os que continuam no mandato estão na mesma. O governo deveria olhar também para a empresa elétrica, que está acabando com o povo”, reclamou uma usuária.
"O triste é que isso nunca termina. A pessoa que a colocaram já deve estar na mesma situação", afirmou uma pessoa. Enquanto isso, houve quem pedisse uma revisão mais profunda: "Que façam uma limpeza geral em toda Cuba, porque o mal está generalizado. Já chega de hipocrisia."
Embora algumas vozes tenham tentado defender a ex-funcionária, lembrando gestos de ajuda a cidadãos em situações difíceis, a maioria concordou que ela deveria arcar com as consequências de seus atos. “Que pague pelo que fez. O povo já enfrenta muitas calamidades para tolerar abusos de poder”, opinou outro internauta.
Maricela Alonso Ojeda foi condenada a sete anos de prisão como autora do crime de malversação, após ser considerada culpada de se apropriar de bens públicos destinados à venda para a população.
O Tribunal Provincial Popular de Las Tunas indicou que, juntamente com ela, também foi sancionado Mario Quirino Infante Sosa, considerado cúmplice nos fatos, que deverá cumprir seis anos de privação de liberdade.
As reações nas redes sociais deixam claro que a desconfiança em relação às autoridades e a corrupção são temas que indignam os cubanos. A sentença, embora celebrada por alguns, é vista por outros como uma punição leve em um sistema que continua sem enfrentar as raízes profundas do problema.
O povo cubano ainda aguarda informações oficiais sobre o maior caso de corrupção dos últimos tempos, que resultou na detenção do ex Vice-primeiro-Ministro e Ministro da Economia e Planejamento, Alejandro Gil Fernández.
Gil foi destituído de seu cargo e o governo apenas informou que foi aberto um processo investigativo na Procuradoria por "graves erros" durante sua gestão.
No momento em que este escândalo de corrupção estourou, ele liderava processos de alta responsabilidade em Cuba, como a bancarização, o controle das remessas e o ordenamento monetário. O regime mantém este caso em absoluto silêncio.
Perguntas frequentes sobre a condenação por corrupção em Las Tunas e a situação da corrupção em Cuba
Qual é a pena imposta a Maricela Alonso Ojeda?
Maricela Alonso Ojeda foi condenada a sete anos de prisão pelo crime de desvio de fundos, após ser considerada culpada de se apropriar de bens estatais destinados à venda para a população. Juntamente com ela, Mario Quirino Infante Sosa também foi sancionado a seis anos de privação de liberdade por sua participação nos eventos.
Como a população cubana reagiu à condenação por corrupção?
A condenação gerou múltiplas reações nas redes sociais, com muitos usuários celebrando a sanção como um passo necessário, enquanto outros criticam a impunidade em casos maiores e denunciam a corrupção generalizada no país. A desconfiança em relação às autoridades e a indignação pela corrupção são sentimentos predominantes entre os cubanos.
Quais aspectos do sistema judicial cubano foram colocados em dúvida após este caso?
O sistema judicial cubano tem sido criticado por sua falta de transparência e eficácia em lidar com a corrupção em nível estatal. muitos consideram que as penas são leves e não atacam as raízes profundas do problema, enquanto outros casos de corrupção, como o do ex-ministro da Economia Alejandro Gil Fernández, ainda não foram esclarecidos publicamente.
Que medidas adicionais foram tomadas contra os condenados por corrupção em Las Tunas?
Além das penas de prisão, o tribunal impôs sanções acessórias como a proibição de exercer qualquer profissão relacionada à administração de recursos materiais e financeiros, e os direitos políticos, como o sufrágio ativo e passivo, foram retirados. Ficaram inelegíveis para ocupar cargos de direção em órgãos do Estado e foi-lhes proibido obter passaporte ou sair do país até o cumprimento integral da sanção.
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