Dos adolescentes sobrevivem 16 horas à deriva na Flórida em uma prancha de paddle: Assim foi o resgate deles

Foram resgatadas por três pescadores.


Eva Aponte e Avery Bryan, dois adolescentes de 16 anos residentes na Flórida, foram encontradas com vida esta semana após passar mais de 16 horas à deriva em águas frias e turbulentas do Golfo do México.

Vestidas apenas com shorts e moletons, sem coletes salva-vidas e a bordo de um paddle board inflável, as jovens foram arrastadas mar adentro por ventos fortes e correntes que dificultaram seu retorno à terra.

A tragédia foi evitada graças à determinação de três pescadores locais que, ao amanhecer do dia seguinte, conseguiram salvá-las em uma área remota.

Uma excursão rotineira que se transformou em um pesadelo

Na tarde de segunda-feira, 17 de março, Eva e Avery iniciaram o retorno de Atsena Otie Key, uma pequena ilha desabitada e popular entre os visitantes de Cedar Key.

No entanto, o que deveria ser um curto trajeto por um canal de navegação seguro se transformou em uma odisséia quando as adolescentes foram surpreendidas por ventos incomumente fortes que as empurraram para fora do curso.

"Era um objeto inflável. É considerado mais como um balão", explicou o capitão Gary Bartell Jr., de Crystal River, ao descrever como o paddle board inflável se comportou diante das rajadas, agindo como uma vela que os levou a deriva mar adentro, através da baía de Waccasassa, até as proximidades de Mangrove Point.

A noite mais longa: frio extremo e busca frustrada

As condições pioraram dramaticamente com a chegada da noite.

Sem roupas adequadas nem equipamento de segurança, as adolescentes enfrentaram temperaturas que caíram até 4°C, expostas ao vento e ao frio durante horas.

Enquanto isso, em terra, foi ativada uma operação de resgate em massa liderada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, pela Comissão de Conservação de Pesca e Vida Silvestre da Flórida e pelos escritórios do xerife do condado de Levy.

Voluntários e dezenas de embarcações civis também se juntaram à operação que se estendeu durante toda a madrugada sem resultados. As esperanças diminuíam com a passagem das horas.

Três pescadores que decidiram não desistir

Quando a luz do amanhecer de terça-feira começava a surgir, três pescadores locais, Will Pauling, Alex Jefferies e Russell Coon, decidiram cancelar sua jornada de pesca para se juntar à busca.

"Intentamos sair o mais cedo possível e valeu a pena", relatou Pauling em declarações à imprensa local.

Às 8h30, partiram em sua embarcação e em apenas meia hora conseguiram avistar as adolescentes sobre um banco de ostras, a mais de 15 milhas (24 km) de seu ponto de partida inicial.

Uma imagem do resgate, que rapidamente se viralizou nas redes sociais, mostrou as jovens sendo carregadas nos ombros de seus salvadores, incapazes de se manterem em pé devido ao exaustão e à hipotermia.

"Um dia vocês vão rir disso, mas não hoje", disse Jeffries às jovens enquanto as levavam de volta à terra.

O retorno seguro e uma lição de vida

O capitão Bartell, que continuava participando da busca, dirigiu-se ao encontro e, junto com seu filho de 8 anos, Brody, ajudou a transportar as adolescentes em um hidroavião até o Parque Estadual Waccasassa Bay Preserve.

No percurso, foram-lhes fornecidos abrigos e lanches para estabilizar a temperatura corporal.

Apesar de apresentarem cortes nas mãos e nos pés, provocados pelas conchas afiadas das ostras do banco onde se refugiaram, as jovens foram encontradas conscientes e com bom ânimo. Posteriormente, foram trasladadas para um centro médico para avaliação, onde confirmaram que estavam fora de perigo.

Embora remar em paddle board seja uma atividade comum na região, especialmente com maré favorável e ventos suaves, as autoridades locais insistem na necessidade de respeitar sempre as normas de segurança, como o uso obrigatório de coletes salva-vidas e de vestir roupas apropriadas.

Perguntas frequentes sobre o resgate de adolescentes à deriva na Flórida

Como as adolescentes sobreviveram à deriva no Golfo do México?

Eva Aponte e Avery Bryan sobreviveram por mais de 16 horas à deriva no Golfo do México graças à sua determinação e à ajuda de três pescadores locais que as encontraram ao amanhecer. As adolescentes foram levadas para alto-mar por fortes ventos e correntes, mas conseguiram se manter à tona sobre um paddle board inflável até serem resgatadas.

Por que as adolescentes estavam sem coletes salva-vidas?

As adolescentes não usavam coletes salva-vidas porque não esperavam enfrentar uma situação perigosa em sua curta travessia de volta de Atsena Otie Key. No entanto, foram surpreendidas por ventos incomumente fortes que as arrastaram para o mar adentro. Este incidente destaca a importância de seguir as normas de segurança ao realizar atividades aquáticas, como o uso de coletes salva-vidas.

Qual foi o papel dos pescadores no resgate das adolescentes?

Três pescadores locais, Will Pauling, Alex Jefferies e Russell Coon, decidiram se juntar à busca ao amanhecer do dia seguinte. Graças à decisão de cancelar sua jornada de pesca, conseguiram avistar e resgatar as adolescentes às 8:30 da manhã., demonstrando um ato de coragem e determinação que foi crucial para salvá-las.

Quais foram as condições enfrentadas pelas adolescentes durante a noite?

Durante a noite, as adolescentes enfrentaram temperaturas que caíram até 4°C (40°F), sem roupas adequadas nem equipamentos de segurança, expondo-as ao risco de hipotermia. Apesar dessas condições extremas, conseguiram se manter a salvo até serem resgatadas ao amanhecer.

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