Escola militar de Bayamo celebra festa coletiva de 15 anos

A Escola Militar Camilo Cienfuegos de Bayamo celebrou uma festa coletiva de 15 anos para quase 40 estudantes.


A Escola Militar Camilo Cienfuegos (EMCC) de Bayamo realizou uma festa coletiva de 15 anos nesta sexta-feira, sob um sol escaldante.

Diversos perfis oficialistas e a conta do Facebook do Exército Oriental celebraram com um tom triunfalista o evento, no qual os jovens que estão se formando como futuras repressoras comemoraram coletivamente a chegada aos 15 anos.

Cerca de 40 estudantes da escola militar desfilaram em trajes de quinze anos ao lado de cadetes militares, em uma festa que se transformou em um ato ideológico nessas entidades.

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As jovens, levadas a uma praça de Bayamo em coches puxados por cavalos, dancaram um valsa sob o sol, mas também tiveram que presenciar até declamações e canções de outras estudantes da EMCC naquela praça.

Para a atividade foram levados crianças do ensino fundamental e alunos da própria escola "camilita".

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Posteriormente, brindaram e dançaram em um salão de festas na Casa Azul, na cidade.

Em tom de celebração, um perfil oficialista escreveu que se tratava de um dia "de festa e de cores", no qual a festa encheu "de alegria" a cidade.

"Uma cidade que se uniu em aplausos para celebrar juntos nossos estudantes nesta maravilhosa tradição de nossas escolas de camilitos", afirmou.

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Estas festas coletivas de quinze anos, que parecem anacrónicas, têm sido alvo de diversos comentários desde que a imprensa oficial deu destaque a vários desses eventos.

Este tipo de "tradição" é habitualmente exibido pelas páginas oficialistas na tentativa de humanizar os jovens que, no futuro, integrarão os diferentes órgãos repressivos do regime cubano.

No início de março, a Escola Militar Camilo Cienfuegos de Holguín anunciou mais uma celebração dessas festas coletivas de quinze anos, comuns nessas instituições de doutrinação para jovens.

Embora a celebração dos 15 anos em Cuba costume estar relacionada a momentos em família e com amigos, nas escolas militares essas tradições são transformadas em atos ideológicos.

As jovens devem posar e dançar ao lado de cadetes militares, transformando uma parte da esfera pessoal das cubanas.

Perguntas frequentes sobre as festas de 15 anos coletivas nas escolas militares de Cuba

O que são as festas de 15 anos coletivas nas escolas militares de Cuba?

As festas de 15 anos coletivas nas escolas militares de Cuba são celebrações organizadas para as estudantes que completam 15 anos, onde se combinam elementos tradicionais com atos ideológicos. Essas festas ocorrem em instituições onde se formam os futuros militares cubanos e são apresentadas pelo regime como uma "bela tradição".

Como são utilizadas essas celebrações para fins ideológicos?

Estas celebrações são utilizadas como ferramentas de propaganda para humanizar os futuros militares e reforçar o doutrinamento ideológico dos jovens. As festas de quinze anos se transformam em atos que misturam a celebração pessoal com homenagens a figuras do regime, como Ernesto "Che" Guevara, e se apresentam como uma "bela tradição" que mostra um lado mais amigável das escolas militares.

Qual é a crítica em relação a essas celebrações no contexto cubano atual?

No contexto da profunda crise econômica e social que atravessa Cuba, essas celebrações são vistas como uma tentativa do regime de desviar a atenção dos problemas reais do país. A crítica se concentra no fato de que, em vez de abordar as necessidades urgentes da população, o governo continua investindo recursos em atos propagandísticos que perpetuam a ideologia oficial. Além disso, esses eventos são interpretados como uma invasão à esfera pessoal dos indivíduos, ao serem utilizados para fins políticos.

Por que estas festas são consideradas anacrónicas e controversas?

essas festas são consideradas anacrônicas e controversas porque transformam uma tradição pessoal em um ato de propaganda política, utilizando a celebração dos 15 anos para reforçar o adoctrinamento ideológico das estudantes. Além disso, acontecem em um contexto onde a população enfrenta dificuldades econômicas, o que gera críticas sobre a prioridade que o regime concede a esses eventos.

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