Este terça-feira foi encontrado o corpo sem vida de Jonathan Oliva, o menor de 13 anos (e não 11 como havia sido informado anteriormente), que nesta segunda-feira faleceu após ser sugado por uma boca de lobo durante as inundações ocorridas em Havana.
A informação foi divulgada pelo jornalista Lázaro Manuel Alonso, que não ofereceu outros detalhes sobre o local ou as circunstâncias da descoberta do corpo.
Desde esta segunda-feira -quando ocorreu a tragédia- forças do Corpo de Bombeiros de Cuba, Resgate e Salvamento, a Polícia, Recursos Hídricos e as autoridades da capital iniciaram a busca pelos restos do menor.

Jonathan Oliva morava na rua Fábrica entre Herrera e Santa Felicia, no bairro de Luyanó, no município habanero de Diez de Outubro.
Uma publicação anterior, divulgada por vários meios oficialistas ao longo do dia de hoje, precisou que o menor estava retornando da escola quando se deparou com uma inundação ao se dirigir para casa, e que em questão de segundos -e sem ter tempo de reagir- foi sugado por um bueiro.
A publicação indicava que a drenagem percorre diferentes trajetórias, mas que há uma única desembocadura comum à baía de Havana.
Segundo o texto divulgado, os pais da criança -identificados como "Roly e Yami"- assistiram ao trágico vídeo que mostrava o momento em que o menor foi sugado.
Os pais "puderam identificá-lo pela roupa e pela silhueta do seu corpo", e assim confirmaram que se tratava de Jonathan, que era carinhosamente conhecido como "Papito".
O ensaísta e professor, Julio César González Pagés, lamentou a morte do menor e precisou que o pai de Jonathan trabalha como médico fisioterapeuta no Hospital Miguel Enríquez (conhecido popularmente como La Benéfica).
"Ontem, enquanto voltava da escola, a chuva o pegou em uma área que historicamente se alaga, como nas imediações de Concha, Vía Blanca e a rua Villanueva, muito perto do Hospital Miguel Enríquez (A Benéfica), onde trabalha seu pai, um médico fisioterapeuta que ajudou na reabilitação de um irmão após um acidente", afirmou González Pagés, que conhece o pai do menor falecido.
"Seus pais são pessoas que cuidavam do seu filho e o acidente sempre pode ser prevenido, mas há situações que ultrapassam qualquer aviso.", destacou o investigador, que concluiu enviando uma mensagem de profundas condolências à família de Yonathan Oliva.
Segundo um vídeo impactante publicado nas redes sociais -que rapidamente se viralizou- o menor estava transitando sozinho pela área inundada quando, ao não perceber uma boca de lobo sem tampa, foi arrastado e desapareceu.
Uma mulher que naquele momento gravava as inundações na área foi testemunha do momento dramático.
O lamentável incidente suscitou imediatamente críticas nas redes sociais sobre a falta de sinalização e proteção nas bocas de lobo abertas, assim como os graves problemas na infraestrutura de drenagem na cidade.
A acumulação de lixo que obstrui os sistemas de drenagem e a deterioração da infraestrutura de drenagem são problemas recorrentes que agravam as inundações em Havana.
As imagens do operativo de resgate ao longo da segunda-feira e na manhã desta terça-feira mostraram agentes do Ministério do Interior (MININT) e rescuistas trabalhando intensivamente para localizar os restos mortais do menor.
Perguntas frequentes sobre o trágico incidente do menino sugado por um tragante em Havana
O que aconteceu com Jonathan Oliva em Havana?
Jonathan Oliva, um menor de 13 anos, foi sugado por um bueiro durante as inundações em Havana, o que resultou em sua trágica morte. O incidente ocorreu enquanto ele voltava da escola e foi arrastado pela água em uma área historicamente inundada.
Que críticas gerou o incidente nas redes sociais?
O trágico incidente suscitou uma onda de críticas nas redes sociais devido à falta de sinalização e proteção nas bocas de lobo abertas, assim como aos problemas de infraestrutura de drenagem em Havana. Muitos usuários questionaram a gestão do governo diante desses riscos.
Qual foi a resposta do governo cubano diante do acontecimento?
O governo de Havana emitiu um comunicado indicando que o menor estava transitando sem a companhia de um adulto e contrariando os avisos emitidos pela Defesa Civil e pelo Instituto de Meteorologia. No entanto, essa resposta tem sido alvo de críticas por parte da cidadania, que aponta a negligência governamental.
Quais fatores contribuíram para a tragédia em Havana?
A tragédia foi agravada pela acumulação de lixo que obstrui os sistemas de drenagem e o deterioro da infraestrutura pluvial em Havana. Esses problemas recorrentes pioram as condições durante as enchentes, aumentando o risco de acidentes fatais.
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