Chefes do CENAIS confirmam risco sísmico em Cuba, mas pedem para evitar alarmismo

Arango Arias destacou que em cada território são realizadas estimativas de perigosidade sísmica, as quais são integradas nos códigos de construção sismorresistentes.

Danos em infraestruturas após o sismo ocorrido em 10 de novembro de 2024 em CubaFoto © Collage Facebook/Miguel Noticias

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O chefe do Serviço Sismológico Nacional de Cuba, Enrique Diego Arango Arias, reagiu a informações recentes que geraram alarme sobre a possibilidade de um grande terremoto no Caribe, que poderia afetar Cuba.

Através de uma publicação em seu perfil no Facebook, o especialista esclareceu que, embora existam zonas com falhas geológicas que acumulam grande energia e podem gerar sismos significativos, prever um evento desse tipo a curto prazo sem dados concretos não é possível.

"Tanto na República Dominicana quanto em Cuba, Japão, Califórnia e muitos outros lugares pode ocorrer um grande terremoto, nas falhas que têm uma grande energia acumulada. Não é segredo para ninguém, mas a curto prazo é muito difícil fazer uma previsão sem mostrar dados que a comprovem. O alerta é válido, mas de uma maneira menos alarmista e sensacionalista", escreveu Arango Arias no Facebook.

O especialista respondeu assim a um artigo intitulado "Diretor do Sismológico alerta que a qualquer momento pode ocorrer um grande terremoto", publicado no dia 16 de fevereiro pelo portal de notícias dominicano Diario Libre.

Essa publicação gerou preocupação entre muitos cubanos, o que levou o chefe do Serviço Sismológico Nacional de Cuba a esclarecer o contexto da situação.

Arango Arias destacou que "atendendo à ameaça de cada território, são estabelecidos os estimativos de periculosidade sísmica que são incluídos nos códigos de construções sismorresistentes".

Captura de Facebook/Enrique Diego Arango Arias

Além disso, enfatizou que as autoridades e a população devem manter medidas de preparação adequadas para reduzir os riscos associados aos terremotos.

A explicação do especialista buscou evitar a propagação de informações alarmantes que possam gerar pânico na população.

Embora o risco sísmico seja uma realidade em muitas partes do mundo, a comunidade científica insiste na importância da preparação e do cumprimento das normas estabelecidas, em vez de se entregar ao alarmismo infundado.

Dez pessoas feridas e pelo menos 3.752 edificações danificadas foram as principais consequências deixadas pelos tremores de 6 e 6,7 graus que abalaram o sudeste de Cuba em 10 de novembro do ano passado.

Desde os sismos de magnitudes 6.0 e 6.7 ocorridos em 10 de novembro de 2024, foi contabilizado um total de 9.637 réplicas, das quais 141 foram reportadas como presumivelmente perceptíveis.

Em relação ao terremoto de 6,1 registrado em 23 de dezembro de 2024 às 1h00, que foi sentido na metade oriental do país, foram detectadas 573 réplicas, das quais apenas três foram percebidas pela população, de acordo com o mais recente relatório do CENAIS.

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