Acusam um cubano de Nova York de ter mandado matar seu ex-marido, o galerista americano Brent Sikkema

O cubano-americano Daniel Sikkema, de 54 anos e residente na cidade de Nova York, está acusado de contratar um assassino para matar seu ex-marido, o galerista multimilionário Brent Sikkema, de 75 anos. Se a justiça o considerar culpado, ele poderá ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte.

O multimilionário galerista Brent Sikkema foi mandado assassinar por Daniel, seu ex-maridoFoto © Colagem de redes sociais

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Poco más de un año después de haber sido assassinado no Brasil o proeminente galerista americano Brent Sikkema, de 75 anos, a justiça dos EUA anunciou a prisão de seu ex-marido, o cubano Daniel Sikkema, acusado de contratar um sicário para matá-lo.

O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) informou através de um comunicado que D. Sikkema, de 54 anos e residente em Nova York, foi detido e acusado em uma “acusação formal” revelada nesta terça-feira no Distrito Sul daquele estado, por contratar alguém para matar seu ex-marido, o marchand de arte multimilionário B. Sikkema, que foi assassinado no Rio de Janeiro em 14 de janeiro de 2024.

O cubano compareceu nesta terça-feira diante de um juiz, no Distrito Sul de Nova York. A justiça o acusa de conspiração para cometer um homicídio por encomenda, homicídio por encomenda, conspiração para assassinar uma pessoa em um país estrangeiro e falsificação de passaporte, destacou o DOJ.

Se for declarado culpado, “enfrenta uma pena obrigatória de prisão perpétua ou morte”. Um juiz de um tribunal federal de distrito determinará a condenação após considerar as Diretrizes de Sentença dos Estados Unidos e outros fatores legais, esclareceu a comunicação oficial.

De acordo com documentos judiciais, a partir de 2023, D. Sikkema ofereceu dinheiro a outra pessoa (a qual a acusação formal se refere como CC-1) em troca de matar seu ex-marido, com quem “estava envolvida em um contencioso processo de divórcio”.

O DOJ também não mencionou o nome da vítima, mas especificou que era cidadã americana, “havia acumulado um patrimônio multimilionário e viajava frequentemente para o Rio de Janeiro, onde possuía propriedades.”

As autoridades apontaram que, antes do assassinato de sua ex-parceira, D. Sikkema enviou dinheiro ao sicário usando uma identidade roubada e intermediários, em um evidente esforço para ocultar a origem dos pagamentos.

O homem contratado pelo cubano executou a ordem de matar Brent Sikkema em 14 de janeiro de 2024.

O FBI conduziu a investigação do caso, que está sendo processado pela advogada de litígios Chelsea Schinnour, da Seção de Direitos Humanos e Processos Especiais da Divisão Penal do DOJ, e pelos procuradores federais adjuntos Meredith Foster e Remy Grosbard, do Distrito Sul de Nova York.

Richard Levitt, advogado que representa D. Sikkema, apontou por meio de um e-mail que seu cliente “agora, como sempre, mantém sua inocência e espera sua completa reivindicação no julgamento”, segundo o jornal The New York Times.

Prisão do autor material do crime no Brasil e ordem de captura de Daniel Sikkema

Na noite de 15 de janeiro de 2024, membros do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro encontraram morto, com ferimentos de arma branca, o americano Brent Sikkema, coproprietário da galeria Sikkema Jenkins & Co. de Nova York, em seu apartamento na Rua Abreu Fialho, número 15, no exclusivo bairro Jardim Botânico da cidade brasileira.

Três dias depois, a polícia prendeu no estado de Minas Gerais o cubano Alejandro Triana Prevez, de 30 anos, como suspeito de homicídio.

Alejandro Triana Prevez. Foto: Facebook

Segundo informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o suposto assassino teria se deslocado de São Paulo para essa cidade para cometer o crime, e vigiou a residência de B. Sikkema por 14 horas antes de agir. Foi identificado por meio de câmeras de vigilância localizadas na saída do prédio.

El 10 de fevereiro, a justiça do Brasil ordenou a prisão e detenção preventiva do cubano-americano D. Sikkema, acusado de ser o “autor intelectual e principal interessado no crime”.

A juíza Tula Correa de Mello, titular do Terceiro Tribunal Penal do Rio de Janeiro, determinou que a ordem de prisão fosse remetida à Rede de Difusão da Interpol, por meio do canal competente da Polícia Federal, uma vez que o acusado se encontrava em outro país.

O mandado judicial decretou igualmente a prisão preventiva para Triana. Um comunicado do Poder Judicial indicou, então, que D. Sikkema havia contratado seu conterrâneo, um ex-guarda-costas de B. Sikkema, com a promessa de pagar-lhe 200.000 dólares por cometer o crime.

El 14 de janeiro, às 3:43 da manhã, Triana entrou na residência com as chaves que presumivelmente lhe haviam sido enviadas por D. Sikkema dos EUA, e esfaqueou o galerista cerca de 18 vezes, principalmente no pescoço e no peito, de acordo com um relatório do Daily Mail.

Brent e Daniel Sikkema estiveram casados por 15 anos e estavam em um complicado processo de divórcio. Eles têm um filho adolescente.

O americano fundou a galeria de arte em 1991 com o nome de Wooster Gardens, em referência à sua localização original na Wooster Street, em SoHo. Em 1999, o espaço expositivo foi ampliado, mudando-se para sua localização atual, na 530 West 22nd Street, em Nova York, onde abriga exposições de pinturas, ilustrações, fotografias, esculturas e instalações. Em janeiro passado, no primeiro aniversário do assassinato de seu fundador, a galeria Sikkema Jenkins & Co. passou a chamar-se Sikkema Malloy Jenkins.

D. Sikkema nasceu em Cuba com o nome de Daniel García Carrera, emigrou para a Espanha e depois para os Estados Unidos. Em uma autobiografia de 2006, intitulada Bilhete para o Paraíso, contou que fugiu de seu país após uma infância e juventude de carências, e trabalhou no país europeu como acompanhante masculino.

Perguntas frequentes sobre o caso do assassinato de Brent Sikkema

Quem é Daniel Sikkema e do que ele é acusado?

Daniel Sikkema é um cubano residente em Nova York, ex-marido do galerista americano Brent Sikkema, e foi preso pela justiça dos EUA acusado de contratar um assassino para matar seu ex-parceiro. Ele também enfrenta acusações de conspiração para cometer assassinato por encomenda e falsificação de passaporte, com uma possível pena de prisão perpétua ou morte se for declarado culpado.

Qual foi o motivo por trás do assassinato de Brent Sikkema?

O assassinato de Brent Sikkema ocorreu no contexto de um contencioso processo de divórcio com seu ex-marido Daniel Sikkema. Daniel Sikkema teria contratado um assassino para matar Brent no Brasil, utilizando uma identidade roubada e intermediários para ocultar os pagamentos ao criminoso. O pano de fundo do crime parece estar relacionado com a fortuna multimilionária da vítima e as disputas legais entre o casal.

Quais medidas legais enfrenta Daniel Sikkema nos Estados Unidos?

Daniel Sikkema enfrenta uma acusação formal no Distrito Sul de Nova York, onde foi imputado por um crime de homicídio por encomenda, um crime de conspiração para cometer homicídio por encomenda, um crime de conspiração para assassinar uma pessoa em um país estrangeiro e um crime de falsificação de passaporte. Se for considerado culpado, ele enfrenta uma pena obrigatória de prisão perpétua ou morte. Seu caso está sendo processado pela Seção de Direitos Humanos e Processos Especiais do DOJ e promotores federais adjuntos.

Como foi cometido o assassinato de Brent Sikkema?

O assassinato de Brent Sikkema ocorreu em 14 de janeiro de 2024, em seu apartamento no Rio de Janeiro. O assassino Alejandro Triana Prevez, também cubano, teria recebido instruções e chaves enviadas dos EUA. por Daniel Sikkema. Triana vigiou a residência durante horas antes de entrar e esfaquear Brent múltiplas vezes, principalmente no pescoço e no peito. Ele foi identificado e preso pouco depois do crime devido às gravações de câmeras de vigilância.

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