
Vídeos relacionados:
Eliannis Ramírez, mãe de Damir, o menino acometido por uma doença grave e necessitando de um documento especial do Ministério da Saúde Pública (MINSAP) para ser atendido fora do país, informou que hoje foram trasladados para o Instituto de Neurologia e Neurocirurgia de Havana, escoltados pela Segurança do Estado.
"Estão nos transferindo para o Neurológico... Muita Segurança do Estado para uma simples transferência. Não somos criminosos, MINSAP,
e para que toda Cuba saiba, estamos indo para a sala de AMI (Atendimento Médico Internacional)", apontou a mãe do menor.
"Seguimos porque querer é poder e a esperança continua intacta...", concluiu Ramírez.
O Hospital Pediátrico Docente “Juan Manuel Márquez”, em Havana, se pronunciou nas últimas horas sobre o caso do menino Geobel Damir Ortiz Ramírez, e precisou que na quarta-feira, 12 de fevereiro, entregaram à mãe do menor o documento médico que ela havia solicitado, com vistas a um atendimento fora do país.
O centro hospitalar precisou que, “assim como nos dias anteriores ela havia solicitado”, lhe entregaram "uma atualização do resumo da história clínica, que contém todos os elementos que comprovam a doença da criança e o tratamento recebido em centros assistenciais cubanos".
O hospital cedia -assim parecia- à crescente pressão social após a denúncia da mãe de que, devido à falta de documentação que ela havia solicitado ao hospital, a Embaixada dos EUA em Havana havia negado o visto a Geobel na semana passada.
O hospital pediátrico habanero detalhou em sua nota toda a atenção que o menino de 10 anos, natural de Bayamo, Granma, mas atualmente residente no município habanero de San Miguel del Padrón, recebeu.
Em horas recentes, a mãe do menor esclareceu nas redes sociais que o que lhe foi entregue é, de fato, um "resumo de história clínica" e não a carta que a Embaixada dos EUA pede, que exige que o Ministério da Saúde Pública admita que no país já não há recursos para atender a doença do menor.
A ativista Diasniurka Salcedo Verdecia precisou que o que foi entregue não corresponde ao que a Embaixada dos EUA solicita.
Para começar, indicou que o documento não poderia exceder duas páginas e que deveria incluir conclusões afirmando que eles não têm condições de atender a criança. No entanto, o que entregaram foram 11 páginas de resumo da história clínica, concluindo que "o autorizam a viajar".
Salcedo Verdecia destacou que não se trata de um "capricho", mas sim dos requisitos da Embaixada, e afirma que não entende por que desta vez não foram cumpridos corretamente, se para outros menores que solicitaram visto humanitário isso foi feito de maneira adequada.
Enquanto isso, a condição clínica do menor se agrava.
A campanha de arrecadação de fundos em GoFundMe para apoiar Damir já conta com 26.185 dólares.
O recente traslado para a Sala de Atendimento Médico Internacional do Instituto de Neurologia e Neurocirurgia de Havana é indicativo de que o regime está disposto a esgotar todos os seus "recursos" - inclusive os destinados a pacientes estrangeiros - para enfrentar o caso.
Arquivado em: