Putin surpreende ao convidar Trump para se encontrar em Moscou

Putin e Trump conversaram por mais de uma hora e concordaram em manter contato, incluindo uma reunião pessoal.

Vladimir Putin e Donald Trump na Cúpula do G20 no Japão em 2019Foto © Flickr / Arquivo da Casa Branca de Trump

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O presidente da Rússia, Vladímir Putin, surpreendeu ao fazer um convite ao seu homólogo americano, Donald Trump, para se encontrar em Moscovo.

"O presidente russo convidou o presidente dos Estados Unidos a visitar Moscou e expressou sua disposição em receber autoridades americanas na Rússia em áreas de interesse mútuo, incluindo, é claro, o tema da resolução na Ucrânia", informou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Ambos líderes conversaram por telefone nesta quarta-feira por cerca de uma hora e meia sobre a guerra na Ucrânia e concordaram em se reunir no futuro.

"Putin e Trump também concordaram em continuar os contatos pessoais, incluindo a organização de uma reunião cara a cara", detalhou Peskov.

Em uma mensagem em sua plataforma Truth Social, Trump anunciou que chegou a um acordo com Putin para iniciar "negociações imediatas" com o objetivo de pôr fim à guerra na Ucrânia.

Segundo explicou, ambos expressaram sua vontade de "detener os milhões de mortes que estão ocorrendo na guerra entre Rússia e Ucrânia" e decidiram que suas equipes diplomáticas iniciarão negociações imediatamente.

Trump assegurou que começará o processo chamando o presidente ucraniano, Volodímir Zelenski, para informar-lhe sobre o que discutiu com Putin na que classificou como "uma longa e muito produtiva chamada telefônica".

O mandatário republicano designou o secretário de Estado, Marco Rubio; o diretor da CIA, John Ratcliffe; o conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz; e o embaixador e enviado especial, Steve Witkoff, para conduzir as negociações. Trump confia que esta equipe alcançará "um resultado bem-sucedido".

Captura de Truth Social / Donald J. Trump

Em sua mensagem, insistiu que milhões de pessoas morreram em uma guerra que não teria ocorrido se ele tivesse sido presidente, mas acredita que agora é o momento de evitar mais perdas de vidas humanas.

A última vez que Putin conversou com um presidente americano em exercício foi em fevereiro de 2022, quando falou com Joe Biden pouco antes de ordenar a invasão da Ucrânia.

Nesta ocasião, também conversaram sobre as fortalezas de suas respectivas nações e sobre o "grande benefício" que, segundo Trump, poderiam obter no futuro ao trabalharem juntas.

Também discutiram sobre o Oriente Médio, as relações bilaterais e uma troca de prisioneiros entre Washington e Moscou. Após a recente liberação do cidadão americano Marc Fogel, nos próximos dias Washington libertará um cidadão russo, cujo nome será revelado assim que estiver em seu país.

Perguntas frequentes sobre a reunião entre Putin e Trump em Moscou

Por que Putin convidou Trump para Moscovo?

Putin convidou Trump a Moscou para discutir assuntos de interesse mútuo, incluindo a situação na Ucrânia, as relações bilaterais e uma possível troca de prisioneiros entre os dois países. Este convite ocorre em um contexto de busca por estabilidade estratégica e exploração de pontos em comum com a administração americana.

Quais temas Putin e Trump abordarão em sua reunião?

Durante a sua reunião, Putin e Trump planejam discutir a guerra na Ucrânia, a situação no Oriente Médio, as relações bilaterais entre a Rússia e os Estados Unidos, e uma possível troca de prisioneiros. Ambos os líderes buscam encontrar soluções para esses problemas e avançar na estabilidade geopolítica.

Como esta reunião afeta a guerra na Ucrânia?

A reunião entre Putin e Trump pode ser um passo em direção à negociação para pôr fim à guerra na Ucrânia. Ambos os líderes expressaram sua disposição para trabalhar juntos para parar o conflito e indicaram que suas equipes diplomáticas iniciarão negociações imediatamente.

Quais antecedentes existem entre Trump e Putin para esta reunião?

Trump e Putin têm um histórico de encontros anteriores, com reuniões marcantes como a cúpula de Helsinque em 2018. Apesar das controvérsias no passado, ambos os líderes demonstraram afinidades políticas e agora buscam mediar no conflito da Ucrânia.

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