Cubana questiona Lei sobre inquietações e solicitações: "Poderemos denunciar o Estado por ineptos e ineficientes?"

Elizabeth González Aznar critica a Lei 167 sobre atendimento a reclamações em Cuba, questionando sua efetividade e denunciando a ineficiência estatal em áreas como comércio, energia e finanças, além do mau gerenciamento econômico.

Águas pluviais em Obispo e Villegas (Imagem de referência)Foto © CiberCuba

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Elizabeth González Aznar, filha do criador do antianêmico Trofin, questionou a Lei 167 do Sistema de Atendimento às Queixas e Petições das Pessoas, que entrará em vigor no próximo dia 13 de março. Através de uma publicação em seu perfil no Facebook, González Aznar expressou dúvidas sobre a efetividade da normativa e denunciou a ineficiência das instituições cubanas, perguntando ironicamente: “Poderemos então denunciar o Estado por ineptos e ineficientes?”.

Em sua mensagem, González Aznar enumerou uma série de críticas dirigidas a diversas entidades do governo cubano, incluindo o Ministério do Comércio Interior (MINCIN), ao qual responsabilizou pela falta de produtos da cesta básica; o Ministério de Energia e Mineração, pelos problemas com o fornecimento de gás liquefeito e eletricidade; e o Ministério de Finanças e Preços, ao qual acusou de perpetuar salários e aposentadorias indignos que não permitem cobrir as necessidades básicas.

Além disso, fez duras críticas ao processo de "ordenamento econômico" liderado pelo governo, qualificando-o de desastroso e apontando que aprofundou as desigualdades sociais na ilha. Também acusou a Assembleia Nacional de não representar os interesses do povo cubano e denunciou um deterioro geral na qualidade de vida, incluindo a dificuldade de acesso a alimentos e medicamentos essenciais.

La Lei 167, de acordo com meios oficiais como a Radio Rebelde e Cuba.cu, busca institucionalizar a atenção às reclamações e solicitações da população, estabelecendo procedimentos claros para sua gestão. Entre seus objetivos, destaca-se a capacitação de funcionários públicos para lidar com as queixas com seriedade e eficiência, assim como a implementação de programas para avaliar e melhorar a resposta institucional. No entanto, críticos como González Aznar apontaram que, em um contexto marcado pela crise econômica e pela desconfiança nas instituições, essas medidas podem ser insuficientes.

A chefe do Escritório de Atendimento à População da Presidência, María del Carmen Cedeño, assegurou que a Lei representa um "passo importante em direção a uma administração pública mais receptiva e responsável". No entanto, a publicação de Elizabeth González Aznar reflete uma crescente frustração cidadã que questiona a capacidade real do governo para atender as demandas sociais.

Elizabeth González Aznar, por sua vez, levantou sua voz em outras ocasiões contra as instituições cubanas. Em dezembro passado, denunciou o abandono institucional de seu pai, o doutor Raúl González Hernández, criador do antianêmico Trofin. Segundo explicou, sua família teve que depender de gestos solidários para obter o medicamento, enquanto enfrentam indiferença por parte de entidades como a BioCubaFarma.

Nessa ocasião, sua denúncia gerou uma onda de apoio nas redes sociais, com milhares de mensagens de solidariedade. González Aznar enfatizou que não temia represálias, pois considerava evidente o desinteresse institucional em relação a seu pai após sua aposentadoria. Esse contexto de denúncias anteriores sublinha sua postura crítica e sua luta constante por visibilizar as deficiências no sistema cubano.

Perguntas frequentes sobre a Lei 167 e as críticas ao governo cubano

O que é a Lei 167 do Sistema de Atendimento a Queixas e Petições?

La Lei 167 é uma normativa que busca institucionalizar a atenção às reclamações e solicitações da população cubana, estabelecendo procedimentos claros para sua gestão. Seu objetivo é capacitar os funcionários públicos para lidar com as reclamações com seriedade e eficiência, embora críticos duvidem de sua efetividade no contexto atual de crise econômica e desconfiança em relação às instituições.

Por que Elizabeth González Aznar critica a Lei 167 e o governo cubano?

Elizabeth González Aznar critica a Lei 167 por considerá-la insuficiente para abordar as ineficiências do governo cubano. Aponta a ineficácia de instituições como o Ministério do Comércio Interior e o Ministério de Energia e Minas, e denuncia que o processo de "ordenamento econômico" aprofundou as desigualdades sociais na ilha.

Quais são as principais críticas dirigidas ao governo cubano por Elizabeth González Aznar?

Elizabeth González Aznar critica a falta de produtos básicos, problemas com o fornecimento de gás e eletricidade, e salários indignos, entre outros. Acusa o governo de não representar os interesses do povo, e denuncia um deterioro geral na qualidade de vida, incluindo o acesso a alimentos e medicamentos essenciais.

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