Trump consegue: Pete Hegseth confirmado como Secretário de Defesa apesar das acusações e controvérsias

O resultado da votação ficou empatado em 50-50, o que obrigou a um desempate incomum.


O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta sexta-feira Pete Hegseth como o novo Secretário de Defesa, em uma votação que expôs profundas divisões no Congresso.

O resultado da votação ficou empatado em 50-50, o que obrigou o vice-presidente JD Vance a emitir o voto de desempate, confirmando Hegseth no cargo.

Esta decisão representa uma vitória crucial para o presidente Donald Trump, que apoiou a candidatura de Hegseth apesar das críticas e controvérsias.

O presidente Donald Trump defendeu vigorosamente Hegseth, descrevendo-o como um "bom homem" e ressaltando que sua confirmação era um passo fundamental para avançar em sua agenda.

Perfil do novo Secretário de Defesa

Pete Hegseth, ex-militar da Guarda Nacional do Exército e ex-apresentador da Fox News, é conhecido por suas opiniões conservadoras e sua defesa de uma "cultura de guerrilha" no Pentágono.

Durante o processo de nomeação, afirmou que seu objetivo principal será eliminar o que considera "distracções woke", como as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão, e priorizar a modernização militar.

No entanto, sua designação gerou um intenso debate devido à sua falta de experiência na gestão de defesa e seu histórico de declarações polêmicas.

Acusações e controvérsias

Hegseth enfrentou severas críticas por parte dos democratas e de alguns republicanos, que questionaram tanto seu caráter quanto sua preparação para liderar o Departamento de Defesa, que possui um orçamento de quase 900 bilhões de dólares.

Entre as acusações que marcaram sua trajetória destacam-se denúncias de abuso de álcool, agressão sexual e má gestão financeira de organizações para veteranos, todas negadas por Hegseth.

Nos dias que antecederam à votação, uma ex-cunhada apresentou uma declaração juramentada ao Congresso acusando-o de comportamentos abusivos em relação à sua segunda esposa, o que intensificou as objeções.

Apesar dessas acusações, a maioria republicana defendeu Hegseth como um líder com uma perspectiva única baseada em sua experiência militar no Iraque e no Afeganistão.

Divisões no Senado

A confirmação ocorreu em um contexto de grande tensão dentro do Senado.

Três senadores republicanos - Lisa Murkowski, Susan Collins e Mitch McConnell - se uniram aos democratas para se opor à nomeação. Murkowski expressou que Hegseth "carece da força de caráter necessária" para liderar o Pentágono.

Por sua parte, o líder da maioria republicana no Senado, John Thune, apoiou Hegseth destacando seu compromisso com a modernização militar e sua capacidade de dirigir um Pentágono voltado para vencer guerras.

Este nomeação também ressalta o poder político de Trump dentro do Congresso e sua influência para promover candidatos alinhados com sua visão.

A confirmação de Hegseth ocorre em um momento crucial para o Departamento de Defesa, que enfrenta desafios globais como a guerra na Ucrânia, as tensões com a China e a necessidade de reforçar alianças estratégicas.

Uma liderança polêmica no Pentágono

Com sua designação, Hegseth assume a liderança de uma das instituições mais importantes do país, apesar das dúvidas sobre sua capacidade de manejar um papel de tal magnitude.

Seus críticos alertam que suas posturas divisivas podem gerar tensões internas e afetar a reputação do Pentágono em um momento crítico para a segurança nacional.

No entanto, seus defensores acreditam que sua perspectiva militar e sua abordagem direta permitirão implementar as reformas necessárias para enfrentar os desafios globais.

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