Pelo menos sete estudantes do pré-universitário José Luis Dubrocq, em Matanzas, foram hospitalizados nesta sexta-feira, por uma suposta intoxicação por gás.
O periódico oficialista Girón fala de oito alunos internados e diz que neste momento há "uma comissão" no centro investigando o que ocorreu.
Segundo publica a televisão local Yumurí, a intoxicação ocorreu no segundo andar do Instituto Preuniversitário José Luis Dubrocq, na cidade de Matanzas. Lá, esclarece o meio oficialista, sentiu-se "um cheiro de um gás muito forte e vários alunos começaram a sentir vertigens, falta de ar e vermelhidão".
Por este motivo, acrescenta, a escola foi evacuada e "sete alunos estão estáveis no Hospital Pediátrico Eliseo Noel Caamaño. Estão recebendo oxigênio. Progridem satisfatoriamente".
Diante da alarma social desencadeada, o próprio meio oficialista afirma que "neste momento a direção do Partido (Comunista de Cuba), o Governo, a Educação Provincial e o Ministério do Interior estão avaliando a situação e investigando as causas".
Chegaram ao hospital de ônibus e máquinas
Outras fontes às quais o CiberCuba teve acesso afirmam que ao hospital chegaram em ônibus e ambulâncias pelo menos uma trintena de alunos com sintomas de intoxicação. Alguns conseguiram descer do ônibus por conta própria, enquanto outros o fizeram inconscientes ou desmaiados.
"Não são sete os afetados, acredite em mim. Até agora, subiu para o hospital um ônibus cheio (de estudantes) que entraram desmaiados e alguns quase sem respirar", indicou uma testemunha do ocorrido ao CiberCuba.
" Pelo que pude ouvir, ninguém sabe o que pode ter sido (o que intoxicou os alunos), mas dizem que, de repente, se sentiu um forte cheiro a acrílico, que deixou inconscientes vários jovens. Esse cheiro se espalhou rapidamente por grande parte da escola. Os próprios jovens e professores tiveram que evacuar e parar um ônibus e máquinas para levar com urgência os que inalaram o químico e estavam desmaiados. Muitos, ao chegarem ao hospital, estavam desmaiados e outros caíram inconscientes ao descer do ônibus que os trouxe."
"O curioso, acrescenta, é que não passaram nem quinze minutos e a Segurança do Estado já está aqui. Os rapazes não sabem o que aconteceu. Estão confusos. Contam que houve um deles que foi super corajoso e entrou na sala onde sentiram mais forte (o gás) e tirou várias colegas quase desmaiadas. Ele só dizia que era um cheiro forte de acrílico", acrescentou à CiberCuba.
Os estudantes afetados, com idades entre 15 e 18 anos, também explicaram que o cheiro chegou de repente e, quando começaram a desmaiar e a correr, "se espalhou por toda parte".
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