Um cubano radicado em Kentucky, conhecido no TikTok como @blued_diamond, compartilhou na rede um vídeo que despertou empatia e debate entre outros migrantes. Nele, ele reflete sobre como a abundância de alimentos em sua nova vida mudou sua relação com a comida. "Quando estávamos em Cuba, adorávamos comer uma maçã, uma laranja, uma tangerina... e carne de porco todos os dias. Chegamos aqui e, incrivelmente, nos sentimos enojados. Não sei nem o que comer, meu amigo", confessou enquanto mostrava sua despensa e refrigerador cheios de frutas e carnes que mal consome.
O criador destacou que, apesar de ter tudo o que sempre sonhou, não encontra apetite: "Tenho maçãs apodrecendo, fruta-pão, bananas... E olha, esta maçã está podre. Tenho carne de porco e frango, mas não quero saber disso." Relatou que, muitas vezes, ele e o marido preferem sair para comer porque não sabem o que cozinhar. "Às vezes vamos ao McDonald's ou ao buffet chinês, porque simplesmente nos repugna a comida de casa. Digam-me, quem mais já passou por isso?"
A publicação provocou uma avalanche de reações nos comentários. Muitos usuários se identificaram com sua experiência. "Em Cuba, sonhávamos com frutas e aqui nem as olho," escreveu uma usuária, enquanto outra acrescentou: "Eu era fã do pão com presunto em Cuba, mas aqui não quero nem ver." Para alguns, a diferença está no sabor: "As frutas e a carne de Cuba tinham mais sabor. Aqui, por mais que você tenha de tudo, não é a mesma coisa."
Outros apontaram que ter abundância também muda a forma de se relacionar com os alimentos. "Com tanta comida e variedade, acabamos nos entediando", comentou um usuário. Enquanto isso, outra pessoa confessou: "Minha geladeira está cheia, mas não sei o que fazer. Nada me apetece, embora eu tenha de tudo."
O vídeo gerou empatia também entre aqueles que vivem em outros países. "Na Itália é igual. A comida tem sabor diferente e acabo comendo qualquer coisa", compartilhou uma usuária, enquanto outra refletiu: "É verdade, nos repugnamos. Prefiro fazer um purê de banana com um ovo frito; isso me satisfaz."
A reflexão de @blued_diamond ressoou com muitos migrantes que compartilham sua vivência. "É verdade, com tanta comida a gente perde o apetite. Em Cuba, comíamos com vontade; aqui, com abundância, não sabemos o que fazer", comentou alguém mais. No final, sua mensagem se transformou em um espaço para se conectar e compartilhar essas experiências comuns entre aqueles que deixaram seu país para trás.
Perguntas frequentes sobre a experiência de migrantes cubanos com a comida
Como a abundância de alimentos afeta os migrantes cubanos nos Estados Unidos?
A abundância de alimentos nos Estados Unidos pode gerar uma perda de apetite em alguns migrantes cubanos, uma vez que a variedade e a disponibilidade contrastam drasticamente com a escassez vivida em Cuba. Essa experiência provoca sentimentos ambivalentes, desde a alegria de ter acesso à comida até a saudade do sabor e dos costumes culinários de sua terra natal.
Por que os migrantes cubanos sentem nostalgia ao visitar supermercados no exterior?
Os migrantes cubanos experimentam nostalgia ao visitar supermercados no exterior devido ao contraste entre a abundância de produtos e a escassez em Cuba. Ver prateleiras cheias de alimentos que eram difíceis de conseguir em seu país lhes recorda as dificuldades passadas e a realidade que ainda enfrentam aqueles que vivem na ilha.
Quais mudanças os cubanos experimentam em sua dieta ao emigrar para os Estados Unidos?
Ao emigrar para os Estados Unidos, os cubanos frequentemente enfrentam uma mudança em sua dieta devido à disponibilidade de uma ampla variedade de alimentos. No entanto, muitos continuam preferindo seus pratos tradicionais cubanos, como arroz com feijão e banana frita, devido ao apego às suas raízes culinárias.
Qual é o impacto da nostalgia nos migrantes cubanos que vivem no exterior?
A nostalgia tem um impacto significativo nos migrantes cubanos, pois frequentemente sentem falta do calor humano e dos costumes de sua terra natal. Essa saudade se reflete em seu desejo de manter vivas as tradições culinárias cubanas e em suas emoções ao recordar seus entes queridos que ainda estão em Cuba.
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