Hackearam contas da ativista cubana Lara Crofs: "ETECSA é cúmplice da ditadura"

A ativista cubana Lara Crofs denunciou o hackeamento de suas contas e acusou a ETECSA de cumplicidade com os autores da atrocidade. O ataque visa silenciar sua crítica ao regime cubano.

Activista cubana Lara CrofsFoto © Facebook Lara Crofs

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A ativista cubana Lara Crofs, cujo nome verdadeiro é Yamilka Laffita, denunciou o hackeamento de suas contas nas redes sociais na última segunda-feira, um ataque que, segundo ela, busca prejudicar sua imagem e limitar seu alcance como voz crítica do regime cubano.

Laffita, conhecida por seu trabalho humanitário e seu papel na denúncia da repressão em Cuba, afirma que "ETECSA é cúmplice da ditadura", uma vez que os problemas de segurança em suas contas estariam relacionados ao uso de números telefônicos cubanos como método de verificação.

Facebook Edmundo Dantés Junior

A jovem relatou o incidente em uma publicação em suas redes sociais após ter suas contas recuperadas, detalhando como tudo começou com uma notificação de tentativa de acesso à sua conta do Facebook.

A partir daí, os hackers tomaram controle de várias de suas contas, incluindo seus e-mails e iCloud, o que a obrigou a buscar ajuda imediata. "Foi um dia exaustivo, passei mais de seis horas ao lado de informáticos solidários que deixaram tudo para me ajudar", explicou.

Facebook Lara Crofs

Durante o hackeamento, os atacantes publicaram conteúdo favorável ao regime em seus perfis e eliminaram cerca de 500 de seus seguidores.

Isso não é algo casual; muitas pessoas consideram que é parte de uma estratégia para prejudicar a imagem da ativista e silenciar suas denúncias nas redes sociais. Por isso, Lafita deixou uma mensagem clara ao regime: "Segurança do Estado, reitero o que já comuniquei várias vezes, EU NÃO VOU SAIR DE CUBA".

Facebook Lara Crofs

Esta mulher cubana tem sido alvo de prisões, vigilância e ameaças devido ao seu ativismo. Seu trabalho tem sido fundamental na denúncia da existência de presos políticos em Cuba e na organização de campanhas de auxílio para pessoas vulneráveis, especialmente crianças doentes, como a pequena Amanda Lemus.

Laffita pediu aos seus seguidores que compartilhassem um link para recuperar sua comunidade nas redes e agradeceu pelo apoio recebido durante este episódio. Ela ainda está sem acesso a algumas plataformas, mas garante que está trabalhando para restabelecer tudo.

"Continuamos lutando, pelos nossos, até que vivamos em um país democrático e com direitos", concluiu.

Perguntas frequentes sobre o hackeamento a Lara Crofs e o ativismo em Cuba

Quem é Lara Crofs e por que foi hackeada?

Lara Crofs, cujo nome real é Yamilka Laffita, é uma ativista cubana conhecida por denunciar a repressão em Cuba. O hackeamento de suas contas de redes sociais é considerado uma tentativa de silenciar sua voz crítica contra o regime cubano, uma vez que ela tem sido uma figura de destaque na denúncia de violações dos direitos humanos e na ajuda humanitária a pessoas vulneráveis na ilha.

Qual é o papel da ETECSA no hackeamento das contas de Lara Crofs?

Lara Crofs acusa a ETECSA de ser cúmplice da ditadura cubana, uma vez que considera que os problemas de segurança em suas contas estão vinculados ao uso de números telefônicos cubanos como método de verificação. Isso aponta a ETECSA como parte do aparelho estatal que poderia facilitar o controle e a censura de vozes dissidentes em Cuba.

Como o hackeamento afetou Lara Crofs e quais medidas ela tomou?

Durante o hackeamento, os atacantes publicaram conteúdo favorável ao regime nos perfis de Lara Crofs e eliminaram cerca de 500 de seus seguidores. Para recuperar suas contas, Lara contou com a ajuda de informáticos solidários que trabalharam de forma gratuita durante mais de seis horas. Apesar de ter recuperado algumas contas, ela continua trabalhando para restabelecer o acesso completo às suas plataformas.

Qual é o impacto do ativismo de Lara Crofs na sociedade cubana?

O ativismo de Lara Crofs tem sido crucial para visibilizar a situação dos direitos humanos em Cuba e apoiar os mais vulneráveis. Seu trabalho inclui a denúncia da existência de presos políticos e a organização de campanhas de ajuda humanitária, como a arrecadação de fundos para tratamentos médicos de crianças doentes. Sua atuação tem inspirado outros ativistas e mobilizado a comunidade cubana tanto dentro quanto fora do país.

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