Maduro propõe invadir Porto Rico: "Nossa agenda de libertação foi escrita por Simón Bolívar"

Nicolás Maduro sugere invadir Porto Rico com tropas brasileiras e afirma que Venezuela, Cuba e Nicarágua estão prontas para a luta.


O governante venezuelano, Nicolás Maduro, gerou controvérsia neste sábado ao sugerir que utilizaria tropas do Brasil para "libertar" Porto Rico do que ele chamou de “colonização” dos Estados Unidos.

Maduro provocou o governo estadunidense, convidando para uma possível guerra ou confronto armado. As declarações foram feitas durante o encerramento do Festival Mundial Internacional Antifascista, um evento transmitido pelo canal estatal VTV e que coincidiu com sua posse para um terceiro mandato consecutivo.

"Assim como no norte têm uma agenda de colonização, nós temos uma agenda de libertação e a agenda foi escrita por Simón Bolívar. A liberdade de Porto Rico é um objetivo pendente e a alcançaremos, com as tropas do Brasil e Abreu e Lima na vanguarda", afirmou Maduro.

Referia-se ao militar brasileiro José Ignacio Abreu e Lima (6 de abril de 1794 - 8 de março de 1869), que participou de batalhas-chave pela independência da Venezuela sob o comando de Simón Bolívar.

Maduro, Cuba e Nicarágua: Preparados para "tomar as armas"

No mesmo evento, Maduro proclamou que Venezuela, junto com Cuba e Nicarágua, está pronta para "tomar as armas", se necessário, para defender o que chamou de "o direito à paz e à soberania".

Em seu critério, “ninguém deveria cometer um erro com a Venezuela”, pois assegura que o país está preparado tanto para a diplomacia quanto para uma resposta armada se as circunstâncias assim o exigirem.

“Que ninguém se engane, esse cenário pode se apresentar novamente”, afirmou o líder venezuelano, evocando a luta contra o fascismo de há 80 anos como exemplo do que considera um esforço global por justiça. “Se for pelas boas, avançaremos pelas boas; mas se for pelas más, também o venceremos”, disse.

Contexto das declarações de Maduro sobre invadir Porto Rico

As declarações de Maduro ocorrem em um contexto de crescente rejeição internacional ao seu governo, especialmente após sua autoproclamação como presidente após umas eleições amplamente contestadas por irregularidades e denúncias de fraude.

Tanto a oposição venezuelana quanto vários governos estrangeiros não reconheceram os resultados do processo eleitoral.

O discurso foi recebido com ceticismo e críticas, tanto dentro quanto fora da Venezuela. A oposição classificou as declarações como “desconectadas da realidade” e acusou Maduro de utilizar uma retórica beligerante para desviar a atenção dos problemas internos do país.

Venezuela, assim como Cuba, enfrenta uma crise econômica, humanitária e migratória sem precedentes após décadas de governo ditatorial.

Especialistas internacionais apontaram que as afirmações de Maduro sobre a "liberação" de Porto Rico e sua disposição para o uso da força são mais simbólicas do que práticas, buscando reforçar sua narrativa de confronto contra o que ele denomina o "imperialismo norte-americano".

Perguntas frequentes sobre as declarações de Nicolás Maduro e a situação na Venezuela

O que Nicolás Maduro propôs em relação a Porto Rico?

Nicolás Maduro sugeriu que utilizaria tropas do Brasil para "libertar" Porto Rico do que ele chama de “colonização” dos Estados Unidos. Essas declarações foram vistas como uma provocação ao governo americano e foram feitas durante o encerramento do Festival Mundial Internacional Antifascista.

Como a comunidade internacional reagiu às recentes eleições na Venezuela?

A comunidade internacional tem rejeitado em grande medida o processo eleitoral na Venezuela, qualificando-o como fraudulento e questionando sua legitimidade. Vários países e organizações têm desconhecido a reeleição de Maduro e pedido uma transição democrática, enquanto a oposição interna também denunciou irregularidades.

Qual é a relação entre a Venezuela, Cuba e Nicarágua segundo as declarações de Maduro?

Según Nicolás Maduro, a Venezuela mantém uma aliança sólida com Cuba e Nicarágua, assegurando que estão preparados para "pegar em armas" se necessário para defender sua soberania. Maduro enfatiza que esses países estão prontos para enfrentar qualquer ameaça que comprometa seu direito à paz.

Quais são as principais críticas ao regime de Maduro?

O regime de Maduro tem sido criticado pela comunidade internacional devido às eleições fraudulentas, à gestão autoritária do poder e às violações dos direitos humanos. A oposição interna e externa o acusa de usar uma retórica beligerante para desviar a atenção dos problemas econômicos e humanitários do país.

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