Dois anos separadas, mas a conexão intacta. Uma cubana que emigrou para os Estados Unidos viveu o momento mais esperado de sua vida: reencontrar-se com sua filha mais velha no Aeroporto Internacional José Martí. O instante, capturado em vídeo e compartilhado nas redes sociais, se tornou um símbolo do sacrifício e das emoções que vivem milhares de famílias separadas pela migração.
"Meu coração queria explodir de felicidade quando senti minha filha em meus braços e pude beijá-la, carregá-la e apertá-la novamente. Apenas as mães que estão nessa situação sabem a dor que carregamos e o quão fortes precisamos ser", escreveu @elianni9505 no TikTok, onde documentou o emotivo reencontro com sua filha mais velha após dois anos de separação, que tocou as fibras mais sensíveis de milhares de usuários.
“Dois anos longe de você foram uma eternidade, minha menina linda. Graças a Deus, sei que não acabou, mas em breve terei você aqui comigo”, acrescentou no texto do vídeo do reencontro.
A força do abraço com sua filha, a mistura de lágrimas e sorrisos e as palavras de agradecimento a Deus refletem a luta que essa mãe tem enfrentado. "Graças a Deus me permite vê-la e estar presente, embora não como gostaria. Mas seu tempo é perfeito, e confio que em breve será definitivo", comentou com fé.
Em um segundo post, a mãe expressou ainda mais o que esse reencontro significou para ela. “Apenas quem passou por isso é capaz de entender o que se sente. Sinceramente, não consigo expressar com palavras... só me resta dizer: Obrigado, Deus, porque, embora eu reclame e me desespere, só Tu sabes o quanto eu desejo ter minha menina comigo aqui. Você me abençoou e graças a Ti tenho a oportunidade de poder ir vê-la até que eu consiga tê-la comigo”, compartilhou, deixando claro que a separação ainda não terminou e que continua lutando pela reunificação definitiva.
Desde o início da viagem, a mãe demonstrou a emoção que sentia. “Meu coração queria sair do peito. Eu ansiava tanto por este momento, de poder abraçar novamente a minha Kerencita”, escreveu em uma publicação anterior onde compartilhou imagens do seu voo para Cuba com seu parceiro e sua filhinha mais nova.
O vídeo despertou uma avalanche de reações entre aqueles que se identificaram com essa história ou simplesmente não conseguiram conter as lágrimas. “A dor que as crianças guardam é imensa; eu também tenho a minha longe”; “Que abraço forte, não tenho filhos, mas sinto o mesmo vazio com meus pais em Cuba”; “Deixei minha menina com cinco anos, agora ela tem oito e não sei quando voltarei”; foram alguns dos comentários que inundaram a postagem.
Outros se concentraram na emoção do momento: “Esse 'mami' foi sentido na alma. Meu respeito a todas as mães que tiveram que se separar de seus filhos”; “Eu chorei como se fosse eu, que alegria por você. Em breve a distância acabará”; “Que Deus permita que vocês fiquem juntas para sempre. Nenhuma criança deveria passar por isso”.
Mais de uma pessoa compartilhou experiências pessoais que ecoaram essa separação forçada pelas circunstâncias: “Demorei dois anos e nove meses para voltar a abraçar meu filho. Sei o que se sente”; “Estou há três anos longe da minha menina, este vídeo me deu esperança”; “Deus sabe o quanto precisamos reencontrar os nossos. Essas histórias nos quebram e nos fortalecem ao mesmo tempo”.
O abraço desta mãe e sua filha é mais do que um momento íntimo; é o reflexo de um sacrifício que muitos cubanos conhecem de perto. Do outro lado da distância, mães, pais, filhos e avós vivem com o sonho do reencontro. Embora o tempo perdido nunca volte, a esperança de um futuro juntos continua sendo o motor de quem luta contra as circunstâncias para voltar a abraçar os seus.
Classificado em: