Otaola explica quais são os cubanos que deveriam ser deportados por Trump dos Estados Unidos

Em seu discurso, Otaola acusou o Partido Comunista de Cuba de usar os fluxos migratórios como uma ferramenta de pressão política.


O influenciador cubano Alexander Otaola gerou uma nova polêmica ao definir, nos últimos dias, os cubanos que, em sua opinião, deveriam ser deportados para Cuba sem contemplações durante a nova Administração Trump.

“É necessário deportar os imigrantes que não vieram por razões políticas. Aqueles que têm antecedentes criminais, aqueles que se declaram comunistas, aqueles que dizem que o que lhes interessa é abrir um negócio em Cuba e enviar um carro para lá”, apontou.

Otaola disse que a esses é a quem devemos dizer "para trás", que não se qualificam para nenhum status migratório e colocá-los em barcos ou aviões de volta a Cuba.

“Além disso, é preciso fazer isso sem pedir permissão à ditadura cubana, que é um dos grandes erros que os Estados Unidos estão cometendo”, acrescentou o ex-candidato à prefeitura.

Otaola admitiu que, embora existam “pactos” entre os dois países, não se pode ter com a ilha um tratamento como se fosse um país que funciona normalmente, porque “Cuba não é um país normal”.

Acusou, além disso, o Partido Comunista de Cuba de utilizar os fluxos migratórios como uma ferramenta de pressão política.

O apresentador polêmico disse que o governo dos Estados Unidos “tem que parar de perguntar, encher o navio-mãe, zarpar, chegar às costas, descer a multidão e dizer-lhes: ‘Acordem, vocês nasceram aqui’”.

Alexander Otaola afirmou que quem não quiser estar nessa lista precisa deixar de ser um imigrante econômico.

"Imigrante econômico é toda pessoa que veio aqui para conseguir um telefone, um carro, um padrão de vida, e não veio porque se incomodava com o comunismo, não veio porque se sentia limitado e oprimido em seu país natal", definiu.

Otaola não isentou do grupo os cubanos com I-220A, em particular aqueles que no Versailles disseram: "Nós não falamos de política".

“Toda essa gente no primeiro envio”, afirmou o influenciador, que aproveitou para recomendar que todos os deportados possam levar “suas coisinhas”, incluindo um gerador e um painel solar para aguentar os apagões da ilha.

"Eu acho que seria algo bom que a administração Trump deveria fazer, e acredito que ela vai fazer, embora talvez não da mesma maneira", acrescentou, e concluiu que “seria bonito”.

A postura de Otaola tem polarizado a audiência. Alguns seguidores apoiam seu discurso, enquanto outros o acusam de total insensibilidade.

Perguntas frequentes sobre as declarações de Alexander Otaola e seu impacto na comunidade cubana nos EUA.

Quais cubanos Alexander Otaola propõe que sejam deportados pela administração Trump?

Alexander Otaola propõe deportar os cubanos que não vieram para os EUA por razões políticas, aqueles com antecedentes criminais, os que se declaram comunistas e aqueles que buscam simplesmente benefícios econômicos, como abrir negócios em Cuba ou enviar bens materiais. Otaola sugere que esses indivíduos deveriam ser enviados de volta sem consultar o governo cubano.

Como a postura de Otaola afeta a relação entre cubanos nos EUA?

A postura de Otaola gerou divisões entre os cubanos nos EUA, polarizando o público. Alguns apoiam suas declarações, enquanto outros o criticam por sua falta de sensibilidade e por fomentar o medo na comunidade migrante. Essas tensões refletem as diversas experiências e opiniões dentro da diáspora cubana.

Que críticas Otaola recebeu por suas declarações sobre a deportação de cubanos?

Otaola foi criticado por figuras como Destino Positivo, que o qualifica de manipulador e de incitar medo entre os cubanos no exílio. A influenciadora Flor de Cuba também o chamou de "chivatón", acusando-o de ter dois pesos e duas medidas e de faltar empatia em relação aos seus compatriotas. Essas críticas refletem o desprezo de parte da comunidade por seus métodos e declarações.

Quais ações Otaola sugere para os cubanos deportados?

Otaola sugere que os deportados possam levar "suas coisinhas", como um gerador e um painel solar, para enfrentar os apagões em Cuba. Embora sugira essas medidas como um gesto prático, sua proposta foi vista como insensível por alguns membros da comunidade cubana.

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