Trabalhadores foram levados à "marcha combativa" em um caminhão de balas de gás

Na "Marcha do Povo Combatente" em Havana, trabalhadores foram transportados em caminhões que levavam botijões de gás.

Trabajadores llevados al desfile © X / Asere Ya
Trabalhadores levados ao desfileFoto © X / Asere Ya

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Trabalhadores do Zoológico Nacional que participaram da "Marcha do Povo Combatente" em Havana foram transportados em caminhões projetados para transportar balas de gás, conforme relataram usuários nas redes sociais.

"Do Zoológico Pal Malecón. Para ter quem marchar, até como animais os levam," afirmou um comentário compartilhado no X, junto a imagens dos caminhões utilizados, que pareciam mais preparados para transportar gado do que pessoas.

As redes sociais ficaram repletas de críticas em relação ao que muitos consideram uma demonstração de desprezo e desumanização em relação aos participantes.

"Os desprezam, tratam-nos como animais e ainda por cima vão adorar os seus senhores. É preciso ter sérios problemas mentais", comentou um usuário. Outro afirmou: "Levavam-nos como o que são… gado ovino".

Este incidente se une às várias denúncias sobre pressões para garantir a participação na marcha de sexta-feira, 20 de dezembro, que o regime qualificou como uma "demonstração contundente" do repúdio ao embargo americano e à inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo.

Roberto Morales Ojeda, Secretário de Organização do Comitê Central do Partido Comunista, afirmou que a marcha contou com mais de 500.000 pessoas. No entanto, cidadãos e analistas questionaram esse número, considerando-o uma "manipulação".

A conta de análise crítica Contexto Cubano afirmou, com base em um vídeo aéreo, que a participação real foi de apenas cerca de 14.071 pessoas.

As críticas não se concentraram apenas no número de participantes, mas também no uso de transporte militar e público para mobilizar os presentes.

Depoimentos compartilhados nas redes sociais, inclusive por defensores do regime, afirmaram que muitos cubanos foram pressionados a comparecer ao evento.

Publicação de Maykel Gonzalez, defensor do regime cubano. Facebook

"A marcha de meio milhão de pessoas é mais uma tentativa de impor uma narrativa fictícia. Ninguém mais acredita nesses montagens", comentou um usuário.

Perguntas Frequentes sobre a Marcha do Povo Combatente em Cuba

Como foi o deslocamento dos trabalhadores para a "Marcha do Povo Combatente" em Havana?

Os trabalhadores do Zoológico Nacional que participaram da marcha foram transportados em caminhões projetados para o transporte de animais. Esse fato tem sido denunciado nas redes sociais como um ato de desprezo e desumanização em relação aos participantes.

Quais foram os números de participação reportados pelo governo cubano para a marcha?

O governo cubano, por intermédio de Roberto Morales Ojeda, afirmou que a marcha reuniu mais de 500.000 pessoas. No entanto, esse número foi contestado por cidadãos e analistas, que indicam que apenas cerca de 14.071 pessoas participaram.

Quais críticas a organização da "Marcha do Povo Combatente" recebeu?

O governo cubano tem sido criticado por utilizar transporte militar e público para mobilizar os participantes, assim como por pressionar os cidadãos a comparecer. As críticas também se concentram na manipulação de números e no uso de recursos em meio a uma crise econômica.

Qual tem sido a reação dos cubanos nas redes sociais em relação à marcha?

A reação nas redes sociais tem sido de rejeição e descontentamento. Os cubanos criticam a marcha como um ato propagandístico e expressam sua frustração pela falta de soluções reais para a crise que o país enfrenta. O descontentamento se reflete em comentários que desaprovam a gestão do regime e pedem mudanças profundas.

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Redação da CiberCuba

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