Continuam os roubos e a profanação de nichos no Cemitério de Camagüey

A profanação de túmulos no cemitério de Camagüey já é recorrente.

Cementerio de Camagüey © Jose Luis Tan Estrada / Facebook
Cemitério de CamagüeyFoto © Jose Luis Tan Estrada / Facebook

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A profanação de nichos e túmulos no cemitério principal de Camagüey gerou indignação entre os moradores, após o jornalista independente José Luis Tan Estrada revelar o testemunho de José Morell Rodríguez, que denunciou o ultraje aos restos de seus familiares.

Segundo Morell Rodríguez, ao visitar o local, descobriu que o cadeado da grade do nicho havia sido forçado, deixando todos os ossários abertos e com restos humanos desaparecidos, incluindo crânios.

"O que vi foi de horror. Possuo documentos em ordem que comprovam 10 caixas no nicho, todas registradas e saqueadas, com os restos expostos à intemperie", relatou.

Publicação no Facebook

O denunciante procurou a administração do cemitério, mas assegurou que não obteve resposta alguma. "Parece que esses eventos passam despercebidos pelos trabalhadores, vigilantes e pela equipe administrativa. Essas coisas acontecem com frequência e nada é feito", relatou.

Morell Rodríguez criticou severamente a falta de controle e exigência por parte das autoridades do cemitério. "É hora de pôr fim a esses atos inescrupulosos e sancionar os responsáveis. O descumprimento não pode continuar impune", afirmou.

Esta não é a primeira vez que se denunciam casos de profanação em cemitérios cubanos, onde o roubo de restos humanos e outros atos de vandalismo se tornaram um problema crescente.

Saqueo dos nichos de uma família. Facebook

Os cubanos denunciam que a necrópole, apesar de sua importância histórica, enfrenta hoje uma preocupante negligência, como mostram as imagens compartilhadas.

Esse cemitério foi fundado em 1814, naquilo que na época era a periferia da Vila de Santa Maria do Porto do Príncipe, tendo, portanto, um profundo laço com a história e a comunidade local.

Sua criação esteve intimamente ligada à Paróquia do Cristo do Bom Jesus, erguida em 1792, e antes de sua criação, os sepultamentos eram realizados em igrejas da vila, como a Soledad, Santa Ana e La Merced.

Senhor que denuncia o saqueo dos túmulos de sua família. Facebook

No entanto, a rica história deste local não o salvou da negligência governamental. Não é um problema recente: desde 2019, várias pessoas têm alertado nas redes sociais sobre o lamentável estado de abandono que sofre o cemitério de Camagüey, um problema que, além disso, não é exclusivo desta cidade.

Os afetados exigem medidas contundentes para evitar que essas situações se repitam e reivindicam maior segurança e controle nos cemitérios.

Até o momento, não houve uma declaração oficial das autoridades locais sobre os casos, o que aumenta a frustração das vítimas.

Perguntas frequentes sobre a profanação de cemitérios em Cuba

Por que estão ocorrendo roubos e profanações nos cemitérios de Cuba?

Os roubos e profanações nos cemitérios cubanos, como o de Camagüey, devem-se principalmente à falta de vigilância e controle por parte das autoridades. A negligência do regime e a escassez de recursos deixaram esses locais em um estado de abandono. A situação se agrava com o aumento da criminalidade nas áreas onde se encontram esses cemitérios.

Quais medidas os cidadãos afetados pela profanação de túmulos exigem?

Os cidadãos afetados pela profanação de tumbas exigem medidas contundentes, como maior segurança e controle nos cemitérios para prevenir futuros atos de vandalismo. Eles também pedem sanções para os responsáveis por esses atos, além de uma resposta efetiva das autoridades locais.

Qual tem sido a resposta do governo cubano a essas denúncias?

Até o momento, não houve uma declaração oficial por parte das autoridades locais sobre os casos de profanação nos cemitérios, o que aumentou a frustração das vítimas. O regime frequentemente justifica esses problemas pela falta de recursos, mas não implementou medidas efetivas para melhorar a situação.

Qual é o impacto dessas condições nas famílias cubanas?

As condições de abandono e vandalismo nos cemitérios cubanos afetam emocionalmente as famílias, que testemunham a profanação dos locais de descanso de seus entes queridos. Além disso, enfrentam dificuldades logísticas e econômicas para sepultar os seus falecidos, como a falta de transporte funerário e a necessidade de arcar com custos que deveriam ser cobertos pelo Estado.

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