Em meio à aguda crise energética que a ilha enfrenta, os apagões afetam nesta terça-feira as famílias cubanas devido a um déficit de geração elétrica que supera os 1.100 MW.
Para o horário de pico, a União Elétrica estima uma disponibilidade de 1.940 MW frente a uma demanda máxima de 3.050 MW, o que poderia gerar uma afetação de até 1.180 MW no período de maior consumo.
De acordo com o relatório publicado na rede social Facebook, a disponibilidade às 07:00 horas foi de 1.780 MW, com uma demanda de 2.050 MW, resultando em 360 MW afetados por déficit de geração. Durante o horário do meio-dia, espera-se que as afetções atinjam 700 MW, com maior impacto na região centro-oriental.
Ontem, os apagões começaram às 06h12 e atingiram seu ponto crítico às 18h20, quando a falta de geração alcançou 1.134 MW, coincidindo com a demanda máxima.
O serviço foi restabelecido às 23h16, mas voltou a ser interrompido às 05h15 desta manhã, novamente com maior incidência no centro e leste do país devido às altas transferências para essas áreas.
Atualmente, estão fora de serviço por falhas a unidade 2 da CTE Felton e as unidades 3 e 6 da CTE Renté. Além disso, estão em manutenção a unidade 8 da CTE Mariel, a unidade 2 da CTE Santa Cruz, as unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos e a unidade 5 da CTE Renté. As limitações na geração térmica somam 274 MW.
A essa situação soma-se a falta de combustível, que mantém inoperativas 58 centrais de geração distribuída, equivalentes a 329 MW, além da unidade 5 da CTE Nuevitas, que contribui com outros 75 MW para os cortes, totalizando 404 MW fora de serviço por essa razão.
Para o horário de pico, prevê-se a entrada em operação de seis motores da Patana de Melones com 100 MW e da unidade 3 da CTE Renté, que contribuirá com 60 MW. No entanto, as medidas não são suficientes para atender à demanda.
No boletim transmitido na revista Buenos Días, Lázaro Guerra Hernández, diretor-geral de Eletricidade do Ministério de Energia e Minas (MINEM), comemorou que durante a última madrugada não houve interrupções devido a déficit de geração elétrica.
Havana não escapa
A Empresa Elétrica de Havana também comunicou interrupções ao longo de todo o dia: “Considerando o déficit de geração no Sistema Elétrico Nacional para hoje, é necessário interromper o serviço elétrico de emergência para os clientes da capital associados aos Blocos #3 e #4, no horário compreendido entre 10:00 e 15:00.”
Além disso, acrescentou que “no período da tarde, será afetado o Bloco #1 das 15:00 às 19:00. Das 18:00 às 22:00, será afetado o Bloco #2”.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba
Qual é a principal causa dos apagões em Cuba?
Os apagões em Cuba são causados por um déficit na geração de eletricidade devido à paralisação de várias unidades termoelétricas por avarias e manutenções, além da escassez de combustível que afeta as centrais de geração distribuída. Essa combinação de fatores resultou em um déficit na capacidade de atender à demanda nacional de eletricidade.
Como os apagões afetam a vida diária dos cubanos?
Os apagões impactam gravemente a vida cotidiana dos cubanos, impedindo atividades essenciais como o preparo de alimentos e o uso de eletrodomésticos. A falta de eletricidade também afeta a economia, o bem-estar geral da população e gera um crescente descontentamento social devido às interrupções constantes e prolongadas do serviço elétrico.
Quais medidas o governo cubano tomou diante da crise energética?
O governo cubano tem sido insuficiente em sua resposta à crise energética. Não foram implementadas soluções efetivas a longo prazo, e a população continua a sofrer os efeitos das interrupções de energia. As promessas de melhoria não se concretizaram, o que gerou frustração e protestos em diversas regiões do país.
Qual é a previsão para os apagões em Cuba nos próximos dias?
De acordo com a União Elétrica de Cuba, espera-se que os apagões continuem a afetar o país, com uma disponibilidade de geração elétrica muito abaixo da demanda. Para os próximos dias, são previstas interrupções no serviço elétrico que podem ultrapassar 1.000 MW durante o horário de pico, agravando ainda mais a situação atual.
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