Repartem lenha em Granma para que o povo cozinhe: Acabou o carvão em Cuba.

A crise energética deixa milhões de cubanos sem combustível para produzir alimentos. A escassez de comida se agrava com o passar dos dias.

Reparten leña en Granma © Mario J. Pentón en X
Repartem lenha em GranmaFoto © Mario J. Pentón no X

O governo provincial de Granma colocou caminhões com lenha nas ruas para que os moradores tenham com o que preparar os alimentos em meio aos apagões massivos que afetam o país.

O jornalista Mario J. Pentón compartilhou em suas redes sociais imagens que mostram um caminhão entregando lenha aos moradores de Granma para que possam cozinhar os alimentos.

"Em Granma distribuem madeira (aparentemente acabaram com o carvão) para que as pessoas cozinhem. Cuba avança (em direção ao abismo) e isso nos dói...", disse Pentón.

Sua publicação gerou inúmeras reações, com depoimentos de outras pessoas que afirmam que o carvão é algo muito valioso hoje para cozinhar em Cuba. É outro dos combustíveis escassos no país.

"La pura le regalou meio saco de carvão a um sócio do bairro. O cara chorava e agradecia como se lhe tivessem dado um saco de ouro. A esse ponto nos levaram. A comida que restava está acabando, os roubos e a violência aumentando", expressou o usuário Juan Carlos Hernández no X.

A imprensa oficialista em Granma disse nesta segunda-feira que as autoridades da província retomaram a distribuição e venda de gás liquefeito e manterão isso sempre que a disponibilidade deste produto nos armazéns da Divisão Territorial de Comercialização de Combustíveis permitir.

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No entanto, os usuários saíram para confrontar as declarações do governo nas redes sociais dos meios de comunicação oficiais.

"Isso (a venda de gás) é uma grande mentira. As pessoas tiveram que recorrer ao mato para cozinhar com lenha porque o gás que trazem não dá para nada. São poucas balinhas à venda. É preciso passar semanas em uma lista, dias e dias, para ver se resolvem. Essa é a triste realidade. Deixem de conversa fiada. Eles passam o tempo todo envolvendo o povo com mentiras que já abriu os olhos."

Em Ciego de Ávila, uma botija de gás liquefeito pode custar até 60 mil pesos cubanos, em meio à atual crise energética em Cuba.

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