Os habaneros reagiram com indignação diante dos contínuos apagões que afetam a capital cubana, mesmo após a reconexão do Sistema Electroenergético Nacional (SEN).
As longas interrupções no fornecimento de energia elétrica, somadas a uma comunicação insuficiente por parte das autoridades, têm provocado críticas severas à gestão do governo e da Empresa Elétrica.
Nas redes sociais, os comentários expressam a frustração generalizada dos cidadãos, que consideram os cortes de energia uma falta de respeito e um reflexo da ineficiência do Estado.
“Ontem foram 19 horas sem energia e, mesmo assim, têm a cara de pau de cortar novamente hoje. O melhor de tudo é que para vocês a cada dia fica menos. Renunciem! O país há anos lhes ficou grande”, escreveu um usuário indignado.
Outro habanero, de Río Verde, compartilhou uma experiência semelhante:
“Meu bairro ficou sem energia das 2h00 às 22h00 de ontem. Foram 20 horas de apagão e já nos informam que às 10h00 vão cortar a luz novamente. Isso é uma falta de respeito. A ineficiência de uma empresa estatal e do governo somos nós, cidadãos, que pagamos. Isso já ultrapassa os limites da imoralidade.”
Os apagões em Havana geraram uma forte reação, mas os comentários também enfatizam que nas províncias a situação é ainda pior. Habitantes de outras regiões afirmam sofrer cortes mais prolongados e frequentes, enquanto percebem uma desigualdade na distribuição do serviço elétrico.
“Se nota o equilíbrio nacional. As 4 horas que tiram de Havana são as que a cidade-heroína pode aproveitar, e o resto do dia fica às escuras”, ironizou um comentarista.
Outros questionaram a falta de soluções duradouras e a aparente incapacidade do governo em garantir um serviço básico.
"Têm muita cara de pau. Ontem quase 24 horas sem luz e hoje já anunciando que às 10 vão cortar novamente. Deveriam sentir vergonha pela vida miserável que nos oferecem. Isso já está fora de controle."
O governo cubano informou que o SEN enfrenta um "elevado déficit de geração", situação que se reflete em cortes de eletricidade planejados e não planejados.
No entanto, os cidadãos consideram insuficientes as explicações oficiais e exigem medidas imediatas para melhorar sua qualidade de vida. Enquanto isso, os apagões tornaram-se uma constante que intensifica o descontentamento popular em uma Cuba que continua mergulhada em uma profunda crise econômica e social.
Perguntas frequentes sobre os apagões em Havana e a crise energética em Cuba.
Por que estão ocorrendo apagões em Havana?
Havana está enfrentando apagões devido a um grave déficit na geração de eletricidade no Sistema Elétrico Nacional (SEN) de Cuba. A situação foi agravada pela saída de operação de várias unidades termelétricas e pela falta de combustível, o que obrigou a Empresa Elétrica de Havana a implementar cortes programados para gerenciar a demanda.
Como os apagões afetam os cidadãos de Havana?
Os apagões estão afetando gravemente a qualidade de vida dos cidadãos em Havana, que enfrentam cortes de eletricidade de até 20 horas. Isso impacta a conservação de alimentos, o acesso à água potável e a realização de tarefas cotidianas. Essa situação gerou descontentamento e protestos em várias áreas da cidade.
Quais medidas o governo cubano está tomando para resolver a crise energética?
O governo cubano informou que está fazendo um "grande esforço financeiro" para importar combustíveis e adquirir peças necessárias para reparar as termoelétricas. No entanto, essas medidas são consideradas de longo prazo e não oferecem uma solução imediata para a crise energética que o país enfrenta.
Qual é a reação dos cidadãos em relação à gestão do governo na crise energética?
A reação dos cidadãos tem sido de indignação e frustração. Muitos consideram que as explicações oficiais são insuficientes e exigem medidas imediatas para melhorar sua qualidade de vida. O descontentamento levou a protestos e panelaços em várias áreas de Havana, refletindo a desesperança diante da falta de soluções efetivas.
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