O Ministério do Interior (MININT) confirmou a prisão de Alieski Martínez Ferrer, acusado de assassinar seu próprio filho e de agredir sexualmente uma mulher grávida de oito meses no município de Minas, na província de Camagüey.
O MININT não forneceu detalhes sobre como ocorreu a captura, mas destacou que a detenção aconteceu nas primeiras horas da manhã deste 2 de dezembro.
A breve nota do Ministério do Interior indicou que o ocorrido teve lugar na manhã do dia 26 de novembro e que, durante a busca pelo indivíduo, "contou-se com o apoio incondicional dos moradores do município de Minas, que forneceram valiosas informações para a captura deste elemento".
"Continua trabalhando na legalização dos fatos, respeitando as garantias processuais para que recaia sobre isso todo o peso da lei", concluiu o MININT.
Relatos anteriores nas redes sociais já havia informado de maneira extraoficial sobre a detenção de Martínez Ferrer.
A página no Facebook La Tijera detalhou que, antes de ser preso, Martínez Ferrer, que estava fugido da justiça, entrou na unidade da Polícia Nacional Revolucionária (PNR), onde agrediu com um facão um oficial.
O menino, Edgar Aliesky Martínez Torres, foi assassinado na manhã da última quinta-feira em um ato descrito por plataformas feministas como um "feminicídio vicário", um tipo de violência extrema em que o agressor mata uma terceira pessoa - filhos ou outros familiares - para fazer sofrer a vítima, neste caso, a mãe do menor.
"Um fato de tal magnitude indica a gravidade que a violência feminicida alcançou diante da inação das autoridades e do silêncio cúmplice das organizações internacionais", denunciaram YoSíTe Creo em Cuba e o Observatório de Gênero Alas Tensas (OGAT).
Um crime atroz
Embora haja muitas lacunas sobre o que aconteceu, segundo relatos nas redes, o menino estava sob os cuidados da avó materna quando seu pai foi buscá-lo. Embora já fosse com a intenção de tirar sua vida, os familiares afirmam que ninguém imaginou que ele pudesse fazer mal ao menino.
O homem enforcou o menor e, em sua fuga, teria agredido uma mulher grávida que estava a caminho de uma consulta médica, abusou dela e lhe roubou o telefone celular. A mulher estaria hospitalizada em estado crítico no Hospital Materno de Camagüey.
A mãe da criança estava sob vigilância da polícia, pois o homem afirmou que iria atrás dela para fazer o mesmo.
Um relatório sobre o caso no grupo do Facebook "Crímenes en Cuba" afirmou que o motivo que levou o homem a cometer um crime tão atroz foi a recusa da mãe do menor em continuar o relacionamento com ele.
Perguntas frequentes sobre o caso do assassinato em Camagüey.
Quem é Alieski Martínez Ferrer e quais crimes lhe são atribuídos?
Alieski Martínez Ferrer é um cidadão cubano acusado de assassinar seu filho de cinco anos e de agredir sexualmente uma mulher grávida em Camagüey. O assassinato da criança foi qualificado como um "feminicídio vicário", um tipo de violência extrema para causar sofrimento à mãe do menor.
Como foi capturado Alieski Martínez Ferrer?
Alieski Martínez Ferrer foi capturado após entrar na unidade da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) e agredir um oficial. Por fim, foi detido com a ajuda de cães treinados, depois de fugir ferido por bala e se refugiar em uma residência.
Qual tem sido a reação da comunidade de Minas, Camagüey, diante do crime?
A comunidade de Minas, Camagüey, expressou uma profunda indignação diante do crime. Os moradores têm colaborado com as autoridades para a captura de Martínez Ferrer e se sentem mais tranquilos após sua detenção. O caso gerou apelos por justiça e foi amplamente divulgado nas redes sociais, refletindo a preocupação com a segurança e a violência na região.
O que é um "feminicídio vicário" e qual a sua relação com este caso?
Um "feminicídio vicário" é um tipo de violência em que o agressor mata uma terceira pessoa, como um filho, para infligir sofrimento à mãe ou a outros familiares. No caso em questão, o assassinato do menino Edgar Aliesky Martínez Torres foi qualificado como tal, uma vez que foi perpetrado pelo pai para causar dano à mãe da criança.
Arquivado em: