O gabinete do futuro governo de Donald Trump já está completo. A menos de três semanas após vencer as eleições, o presidente eleito anunciou os 15 secretários que farão parte de sua equipe, consolidando um grupo de perfis diversos que têm um denominador comum: a lealdade incondicional para com ele.
Entre os nomes mais destacados está o de Scott Bessent como secretário do Tesouro. Bessent, um magnata de Wall Street e doador crucial da campanha de Trump, será o primeiro membro abertamente gay em um gabinete republicano.
Trump destacou que Bessent "apoiará minhas políticas que impulsionarão a competitividade dos EUA", uma declaração que ressalta a confiança do presidente eleito em sua capacidade de fortalecer a economia do país.
O mais recente nomeado foi Brooke L. Rollins, que liderará o Departamento de Agricultura (USDA). Rollins já havia trabalhado com Trump em seu primeiro mandato, ocupando posições chave como diretora do Conselho de Política Nacional.
Trump não poupou elogios a ela, afirmando que "fez um trabalho incrível" e destacando sua liderança no America First Policy Institute, um think tank que tem promovido sua agenda política desde 2021.
Marco Rubio: Uma nomeação histórica e seu impacto para os cubanos
A nomeação de Marco Rubio como secretário de Estado no gabinete de Donald Trump marca um marco histórico, pois será o primeiro latino a ocupar o cargo de máximo representante da diplomacia americana.
Rubio, de raízes cubanas, é uma figura chave na política republicana e um defensor consistente de uma política dura em relação ao regime cubano, advogando por sanções econômicas e medidas que promovam a democracia na ilha.
Para os cubanos, especialmente os residentes nos Estados Unidos, sua nomeação representa uma esperança de continuidade nas políticas de pressão sobre o regime cubano.
Rubio tem sido uma voz proeminente na luta pelos direitos humanos e pela liberdade em Cuba, e sua posição como secretário de Estado poderia intensificar essas iniciativas. Além disso, fortalece a influência da comunidade cubano-americana na política nacional e internacional.
Perfis diversos e polêmicos
O gabinete de Trump inclui outras figuras com trajetórias variadas, desde políticos experientes até empresários multimilionários. No entanto, algumas nomeações geraram controvérsia.
Por exemplo, o antivacinas Robert F. Kennedy Jr., que liderará o Departamento de Saúde, e Pete Hegseth, ex-apresentador da Fox News com antecedentes de acusações de abuso sexual, como secretário de Defesa.
Outro nome chamativo é o da advogada Pam Bondi, ex-procuradora da Flórida, que assumirá o cargo de procuradora-geral. Bondi foi uma figura proeminente na equipe legal de Trump durante seu primeiro impeachment e substituirá o ex-congressista Matt Gaetz, que renunciou à sua nomeação após um escândalo sexual.
Outra nomeação notável é a da congressista Lori Chávez-DeRemer, de raízes mexicanas, que assumirá a liderança do Departamento do Trabalho.
Um gabinete leal e estratégico
A equipe inclui aliados próximos e doadores importantes, como o petroleiro Chris Wright, que irá liderar o Departamento de Energia, e o multimilionário Howard Lutnick, nomeado para o Comércio.
Também consta o ex-jogador de futebol americano Scott Turner como secretário de Urbanismo e Habitação e a ex-executiva de luta livre Linda McMahon como secretária da Educação.
Este gabinete, que deverá ser confirmado por um Senado de maioria republicana, consolida a estratégia de Trump de cercar-se de figuras que demonstraram sua lealdade e afinidade com sua visão política. Desde líderes políticos até empresários, o gabinete reflete uma abordagem que combina pragmatismo, ideologia e a recompensa àqueles que estiveram próximos do presidente eleito.
Com essas nomeações, Trump busca marcar o início de seu segundo mandato com uma equipe que promete continuar avançando em sua agenda de America First. Resta saber como esse gabinete enfrentará os desafios internos e externos dos Estados Unidos nos próximos anos.
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