O ator espanhol e simpatizante do regime cubano, Willy Toledo, voltou a atacar Yotuel Romero e sua esposa, a atriz, cantora e produtora Beatriz Luengo, a quem acusou de orquestrar uma campanha contra ele.
Queixando-se de uma suposta cobertura enviesada do conflito nos meios de comunicação espanhóis, Toledo apressou-se a desabafar suas angústias para José Manuel Manzaneda, jornalista do canal basco Cubainformación, um veículo conhecido por sua firme defesa do regime de Havana.
Entrevistado por este meio, o ator espanhol voltou a disparar uma série de insultos e provocações contra o casal, enfocando especialmente o músico cubano, a quem novamente descreveu como uma pessoa sem inteligência.
“Te atacan, te atacan, te atacan, te atacan… e em nenhum momento te dão a possibilidade de te explicares”, disse Toledo sobre os meios de comunicação espanhóis que noticiaram a troca de declarações entre Toledo e os realizadores do documentário Patria y Vida.
Colocando-se na posição de vítima, o ator tentou mais uma vez distorcer a origem da polêmica, que teve início com um tuíte seu ofensivo, lançado com o intuito de desacreditar os artistas que, junto com outros colegas cubanos, criaram um hino para os cubanos que clamam pelo fim da ditadura e pela chegada da liberdade e da democracia à Ilha.
Dolido pela repercussão midiática da canção e do documentário Patria y Vida, Toledo utilizou suas redes sociais para difamar seus criadores, chegando a qualificar Yotuel como “o paradigma de sujeito que venderia seu filho por três moedas”.
Suas palavras provocaram a reação de Beatriz, que, de forma direta, respondeu ao simpatizante da ditadura como mãe e como ativista pela liberdade dos cubanos, informando-o ainda de que iria movê-lo uma ação judicial por suas declarações e pelo uso de um menor de idade para atacar seus progenitores.
A resposta de Toledo foi ainda mais insultante, chegando a chamar o casal de “gentuza” e a Yotuel de “impedido intelectual”, entre outras ofensas como “lixo fascista, maridinho e gusano”.
O desejo de provocação, uma das marcas do histrião e militante comunista espanhol, alcançou um novo patamar na quarta-feira, 20 de novembro, quando Toledo fez declarações por videoconferência ao canal basco pró-regime Cubainformación.
Lançando um novo golpe em Yotuel e numa tentativa de provocar o cubano e tirá-lo do sério, Toledo recorreu a uma provocação de caráter machista, zombando do protagonismo de Beatriz na polêmica e elevando o nível de testosterona da disputa.
"Parece que a senhora Luengo se autoerigiu como defensora do senhor Yotuel, porque o coitado não tem inteligência suficiente para se defender sozinho", disse Toledo, tentando desmerecer a integridade e a coragem de Beatriz, assim como a inteligência e a masculinidade de Yotuel.
Durante 20 minutos, Toledo e Manzaneda se deleitaram em seu desprezo e desrespeito contra o casal, acompanhando suas palavras com o já desgastado discurso do regime cubano, além de ofensas e calúnias dirigidas aos artistas.
Adoctrinados e servil aos interesses da ditadura, Toledo e Manzaneda chegaram a zombar da dor dos cubanos que reclamam direitos e liberdades negados pelo regime, qualificando de “mentiras” as palavras do casal que denunciava a repressão em Cuba, um país onde há mais de mil presos políticos cujo único “delito” foi sair às ruas para se manifestar durante a histórica protesto de 11 de julho de 2021 (11J).
Negando a ampla evidência que existe, Toledo insistiu que não há ninguém preso em Cuba por dizer ou ouvir Patria y Vida.
Além dos casos que documentam essa realidade, os espanhóis porta-vozes da ditadura esconderam entre seus sarcasmos o fato de que o rapper Maykel Osorbo, um dos cantores que participou de Patria y Vida, está cumprindo uma pena de oito anos de prisão desde maio de 2021, tornando-se o único artista premiado com um Grammy encarcerado por motivos políticos.
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