Um pai cubano denunciou, em um emocionante testemunho, a morte recente de seu filho em um hospital na província de Mayabeque devido à negligência e à falta de atendimento médico.
Lázaro Pérez Díaz relatou que, no dia 21 de novembro, seu filho, de 35 anos e identificado como Lázaro Pérez Báez, chegou às 8h30 ao hospital Leopoldito Martínez, no município de San José de Las Lajas, com o que parecia ser uma dor de apêndice.
O pai aflito relatou que seu filho ficou horas sentado em uma maca, contorcido de dor, ciente de que era perigoso, algo cirúrgico.
“Não o levaram para a sala, não o enviaram urgentemente a Havana, não fizeram nenhum tipo de ultrassom e ele sofreu até morrer”, disse Pérez Báez, que qualificou o ocorrido como um crime em várias ocasiões. “Ao morrer, ele sofreu, pedindo ajuda e eu, desesperado, gritando para que o atendessem, que a 'barriga' dele ia estourar, e ninguém correu”, acrescentou o homem, que denunciou especificamente um cirurgião chamado “Andri”, do qual disse que, embora o tenha chamado e lhe contado que seu filho estava grave, ele acabou se escondendo dentro do hospital e não apareceu mais.
Lázaro Pérez afirma que seu filho foi ao médico por vários dias seguidos e sempre lhe disseram que era uma má digestão, e nunca fizeram um ultrassom.
“Foi um crime, um 'menino' de 35 anos, lutador, cheio de vida, cheio de saúde […] O mataram neste hospital. Minha pressão já subiu várias vezes, mas vou continuar lutando para que se faça justiça”, destacou o denunciante.
Segundo a descrição de Pérez Díaz, seu filho teria sofrido também de uma “hérnia perfurada” como complicação adicional, e ele questionou por que não enviaram seu filho antes para a capital.
"Disseram que não tinham meios, mas por que não me enviaram a tempo para Havana? Quando ele perdeu o pulso, começaram a correr, na última hora. Chegou a Havana e o anestesiologista nos disse que estava muito grave, que já não se podia contar com ele porque chegou tarde demais", lamentou.
O pai desesperado qualificou os médicos que negaram a devida atenção ao seu filho de "assassinos" e afirma estar disposto a um confronto com eles.
Preciso, além disso, que os supostos responsáveis agora estão correndo e inventando justificativas para o que aconteceu, na tentativa de "se salvarem".
“Mas me o mataram. O mataram porque não o atenderam. Ninguém da equipe médica daquele plantão no dia 21 de novembro atendeu meu filho”, concluiu Lázaro Pérez, que pediu máxima divulgação para sua denúncia.
O vídeo foi acompanhado de imagens impactantes do momento em que o rapaz estava sentado em uma maca aguardando o atendimento médico adequado.
Até o fechamento desta reportagem, não há outros detalhes confirmados sobre a denúncia, que se soma a um número crescente de casos de negligência médica em Cuba, muitos dos quais resultaram em morte como saldo trágico.
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