A União Elétrica de Cuba (UNE) informou que o Sistema Elétrico Nacional (SEN) enfrenta sérias dificuldades para garantir o fornecimento de energia.
Nesta quarta-feira, o serviço foi afetado durante 24 horas devido a um déficit de geração que atingiu um pico de 1.735 MW às 18h20, coincidindo com o horário de maior demanda. Aproximou-se do recorde de 1.750 MW de déficit registrado no início de novembro.
As autoridades cubanas afirmam que a crise foi agravada pelas consequências do furacão Rafael e por várias falhas nas usinas geradoras. Em Artemisa, 40 MW adicionais estão fora de serviço devido a essa situação.
Às 07h00 desta quinta-feira, a disponibilidade do SEN estava em 1.540 MW, enquanto a demanda atingia 2.320 MW, resultando em um déficit de 820 MW na geração.
Panorama crítico dos apagões em Cuba
O déficit energético afeta significativamente a vida cotidiana no país, com estimativas de que durante o horário de pico de hoje a disponibilidade alcance apenas 1.675 MW, em comparação com uma demanda de 3.100 MW. Isso resultará em uma projeção de déficit de 1.495 MW para a noite, mas esse número pode aumentar.
Há cinco usinas geradoras de eletricidade que estão fora de operação devido a falhas, entre elas a unidade 5 da CTE Mariel, a unidade da CTE Matanzas e duas unidades da CTE Renté.
Várias unidades de outras usinas estão em manutenção. Além disso, há a indisponibilidade de 45 centrais de geração distribuída e problemas com as usinas de geração em Santiago de Cuba e Melones, totalizando 348 MW afetados pela falta de combustível.
Para mitigar a crise durante o horário de pico, planeja-se reintegrar a unidade 6 da CTE Renté com 45 MW, junto com motores nas patanas de Santiago de Cuba e Melones, que somariam 90 MW adicionais. Essas medidas cobrirão apenas parcialmente o déficit projetado.
A UNE informou que continua trabalhando na recuperação das unidades danificadas e na restauração das áreas afetadas pelo furacão, mas as reações dos cubanos nas redes sociais demonstram descrença. Enquanto isso, os prolongados apagões continuam a afetar milhares de famílias na ilha.
Arquivado em: