O presidente eleito Donald Trump anunciou nesta segunda-feira que tem a intenção de declarar estado de emergência nacional e mobilizar o exército para implementar seu plano de deportações em massa.
Através de uma breve postagem em sua rede social, Truth Social, Trump confirmou o relatório de um ativista conservador, que afirmou ter informações diretas sobre os planos da próxima administração em relação à imigração.
Trump qualificou como “verdadeiras” as declarações do ativista, que afirmavam que “BOAS NOTÍCIAS: está sendo reportado que a administração está preparada para declarar uma emergência nacional e utilizará recursos militares para reverter a ‘invasão (de imigrantes) de Biden’ por meio de um programa de deportações em massa”.
Um dos pilares fundamentais da campanha presidencial de Trump foi sua promessa de deportações em massa, garantindo que expulsaria mais imigrantes do que "qualquer um de seus antecessores", embora sem detalhar como o faria.
No entanto, em meados de outubro, Trump afirmou que para isso se valeria da lei de Inimigos Estrangeiros, promulgada em 1798, "que foi utilizada apenas em tempos de guerra e permite expulsar dos Estados Unidos pessoas estrangeiras, sem o devido processo legal", indicou a Telemundo.
Segundo o portal de notícias, essa lei pode ser invocada em casos de “guerra declarada”, invasão ou “incursão predatória” em território norte-americano, embora tenham mencionado que “os Estados Unidos não declararam formalmente guerra a nenhuma nação desde 1942. Mas Trump poderia ativá-la sem contar com o Congresso”.
Recentemente, Trump afirmou que as caravanas de migrantes que buscavam ingressar no país estão se desintegrando e desistindo de continuar sua jornada após sua vitória nas eleições.
Durante uma gala realizada em sua residência em Mar-a-Lago, Flórida, o presidente eleito afirmou que sua vitória eleitoral e seus planos de implementar um programa de deportações em massa desanimaram os migrantes.
"Caravanas que antes reuniam até 35.000 pessoas nem sequer estão fazendo a viagem. Estão se desintegrando", assegurou.
Uma das caravanas mais recentes, composta por cerca de 2.500 migrantes e que iniciou seu percurso no sul do México na semana passada, teria se dispersado após a divulgação dos resultados eleitorais, segundo o presidente eleito.
Em maio, Trump afirmou que realizará a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos se for reeleito.
Em uma entrevista ao jornal Time, o empresário enfatizou a necessidade de enfrentar o que ele considera "uma crise migratória insustentável para o país", utilizando a polícia, o Exército e sem descartar a criação de campos de detenção para imigrantes.
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