Díaz-Canel reconhece o deterioro de Havana em seu 505º aniversário e cubanos respondem: "Você será descarado?"

Os cubanos apontam que a cidade sofre há anos com o descaso e políticas mal sucedidas.

Díaz-Canel y basura en calles de La Habana © X / Presidencia de Cuba y CiberCuba
Díaz-Canel e lixo nas ruas de HavanaFoto © X / Presidência de Cuba e CiberCuba

O governante cubano Miguel Díaz-Canel comentou em suas redes sociais sobre o deterioro que La Habana enfrenta em seu 505º aniversário, e os internautas o "esfarelaram" em críticas.

O dirigente publicou em sua conta no Twitter uma foto que mostra a baía, o farol do Morro e parte da Havana Velha, proporcionando uma imagem idílica da cidade, ignorando os edifícios destruídos, os lixões e a pobreza.

"Felicidades, bela Havana. Por ti, por ver curadas as feridas que o furacão deixou e aquelas que o tempo implacável abre, trabalharemos sem descanso, todos os dias", escreveu.

Numerosos cubanos comentaram no Twitter, lembrando a Díaz-Canel que nem Havana é bonita, nem o terrível deterioro que sofre é culpa do furacão ou do passar do tempo.

"'Hermosa Habana'... você será desavergonhado? Hoje temos uma Habana cheia de entulho, edifícios em ruínas, vazamentos de água, águas servidas correndo pelas ruas e fétidos lixões nas avenidas... é a isso que você chama beleza?", questionou o usuário identificado como Taoro.

"O que costumava ser a bela Havana agora é a capital do lixo", comentou uma usuária do Twitter.

"Destroçada por mais de 65 anos pelo comunismo da ditadura", afirmou uma chef.

"E as [feridas] que o comunismo lhe causa? Dessas feridas você não fala, mas elas doem mais do que qualquer outra", sublinhou o internauta "Um escravo do MINSAP".

"As feridas abertas que a ditadura comunista deixou doem como 65 anos de agonia. Oh, minha Havana, quanto você dói!", lamentou outro.

La Havana comemora seu 505º aniversário em meio a uma profunda crise que afeta a qualidade de vida de seus habitantes.

Apagões prolongados, desabamentos de edifícios, acúmulo de lixo, escassez de água e deficiências em serviços essenciais refletem o deterioro da capital cubana, ofuscando a celebração desta cidade histórica.

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