Milei anuncia expulsão dos envolvidos na votação contra o embargo a Cuba: "São traidores"

O presidente argentino assegura que seu governo está estudando as vias legais para expulsar todos os diplomatas que ignoraram que a política externa do país é definida pela Casa Rosada.

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A Liberdade Avança / TwitterFoto © Javier Milei, em uma imagem compartilhada no X.

O presidente argentino, Javier Milei, tornou pública nesta terça-feira sua intenção de demitir "todos" os representantes do Ministério das Relações Exteriores de seu país que votaram na ONU a favor do fim do embargo a Cuba.

"São traidores à pátria", disse após expulsar a responsável pela diplomacia argentina, Diana Mondino, que foi substituída neste 30 de outubro pelo ex-embaixador nos Estados Unidos, Gerardo Werthein.

Milei recordou em uma entrevista concedida à jornalista Amalia 'Yuyito' González, que além de jornalista é também sua parceira, que a política externa do país é definida pelo presidente e, portanto, seu governo está estudando a fórmula legal para afastá-los a todos, informa a EFE.

A Argentina votou na semana passada, junto com outros 186 países, a favor do fim do embargo a Cuba. No entanto, essa maioria não tem valor, pois a resolução a favor da ditadura cubana não é vinculativa. Contudo, é a justificativa utilizada pelo regime de Miguel Díaz-Canel para encobrir a ineficácia de um governo que empurrou 89% das famílias da Ilha à extrema pobreza e fez com que 1,3 milhões de cubanos tivessem residência no país, mas vivessem no exterior.

Não é a primeira vez que a Argentina apoia a resolução contra o embargo a Cuba, mas após a vitória de Milei, ele decidiu alinhar seu voto contra o Partido Comunista Cubano e em sintonia com os Estados Unidos e Israel.

Na semana passada, pela 32ª vez consecutiva, a ONU aprovou uma resolução que exige o fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba. A ditadura cubana comemorou os 187 votos a favor. Houve dois votos contrários, dos EUA e de Israel, e uma notável abstenção da Moldávia.

Neste setembro, o presidente Joe Biden assinou a extensão até 2025 do embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba, uma medida adotada pelo governo dos Estados Unidos há 60 anos.

A ditadura cubana atribui ao embargo dos Estados Unidos todas as dificuldades que impõe ao povo. No entanto, as restrições afetam parcialmente suas relações com um único país (os EUA). Cuba pode comerciar com 192 dos 193 países da ONU.

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