O presidente Javier Milei decidiu destituir nesta quarta-feira a chanceler Diana Mondino após o voto da Argentina a favor do levantamento do embargo dos Estados Unidos a Cuba na Assembleia Geral da ONU.
A Argentina se uniu aos 187 países que apoiaram a resolução não vinculativa, a qual é contra as sanções impostas por Washington ao regime cubano, liderado pelo governante Miguel Díaz-Canel, informou o portal de notícias Infobae.
A resolução aponta que o embargo limita gravemente o acesso de Cuba a recursos essenciais como alimentos, medicamentos e energia.
A postura da Argentina foi parte de um apoio quase unânime à ilha, em contraste com os votos contrários dos Estados Unidos e de Israel e a abstenção da Moldávia.
O notável é que os únicos dois votos contra vieram dos principais aliados da Argentina desde a chegada de Javier Milei ao poder, indicou o Infobae.
Manuel Adorni, porta-voz presidencial e responsável pela comunicação do governo nacional, anunciou através da rede social X que a equipe do Presidente na Casa Rosada designou Gerardo Werthein como o novo ministro de Relações Exteriores, substituindo Mondino.
Em 2023, o presidente Milei assegurou que não designaria embaixadores para Cuba, Venezuela e Nicarágua, reafirmando assim as relações internacionais que seu governo manterá.
Com essa mudança nas cartas diplomáticas, o recém-empossado mandatário se distanciava da política externa conduzida por seu antecessor, o peronista Alberto Fernández.
"A chanceler Diana Mondino recebeu instruções presidenciais para apoiar a oposição na Venezuela, votar contra a Nicarágua na Organização dos Estados Americanos (OEA) e condenar Cuba nos organismos multilaterais de direitos humanos", precisou a imprensa argentina na ocasião.
No entanto, em junho passado, a ativista cubana Rosa María Payá, coordenadora da campanha internacional Cuba Decide, se reuniu com Mondino para discutir liberdade e democracia na região.
Durante o encontro, Payá elogiou a "agenda da liberdade" promovida pela Argentina, destacando sua relevância não apenas para esse país, mas para todo o continente americano.
"A agenda da liberdade que a Argentina está promovendo nos inspira profundamente. Acreditamos que essa agenda tem a vocação de ser não apenas uma agenda de liberdade para a Argentina, mas de forma continental, para todos os povos das Américas", afirmou.
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