Javier Milei aos venezuelanos: "Os leões despertaram e cedo ou tarde o socialismo vai acabar"

“Se vai terminar esse modelo empobrecedor. Assim é que, ânimo queridos venezuelanos, vocês vão sair adiante! Continuem lutando, não deixem os braços cair! Viva a liberdade, caramba!”, acrescentou.


O presidente argentino Javier Milei se dirigiu aos venezuelanos para animá-los e levantar sua moral apesar do resultado de eleições manipuladas pelo regime de Nicolás Maduro.

“O fraude que o ditador Nicolás Maduro levou a cabo e perpetrado não é nada menos que uma vitória pírrica. Pode ser que ele acredite que ganhou uma batalha. No entanto, o mais importante é que os leões venezuelanos acordaram e, mais cedo ou mais tarde, o socialismo terá um fim”, disse Milei em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Dedicando suas palavras ao “heroico povo venezuelano”, o político libertário atacou novamente o modelo socialista do chavismo e outras ditaduras, que constantemente denuncia como “empobrecedor”.

“Se vai terminar esse modelo empobrecedor, porque o socialismo é sempre e em todo lugar um fenômeno assassino, que gera fome e empobrece. Assim é que, ânimo queridos venezuelanos, vocês vão conseguir! Continuem lutando, não desistam! Viva a liberdade, caramba!”, expressou o mandatário argentino.

Autoproclamação de Maduro e reações dos venezuelanos e da comunidade internacional

O clima político na Venezuela se tornou mais tenso após a proclamação, nesta segunda-feira, de Nicolás Maduro como vencedor das eleições presidenciais, uma decisão energicamente rejeitada pela oposição e denunciada como fraude.

Após o anúncio da autoridade eleitoral chavista da Venezuela, desatou-se uma onda de protestos e rejeição por parte da oposição e de uma parte significativa da população.

O Conselho Nacional Eleitoral chavista concedeu ao ditador Nicolás Maduro 51,2% dos votos em relação aos 44,2% do candidato Edmundo González. Imediatamente, a oposição considerou que os resultados eram fraudulentos e não representavam a vontade do povo venezuelano.

María Corina Machado, líder da coalizão opositora, recusou-se veementemente a reconhecer a vitória de Maduro. Em uma declaração contundente, Machado afirmou que "Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González", referindo-se ao candidato opositor que, segundo ela, foi o verdadeiro vencedor das eleições.

Entre as acusações mais graves de irregularidades formuladas pela oposição, mencionam-se manipulação de votos, intimidação a eleitores e controle dos centros de votação por parte de forças leais ao regime de Maduro.

Essas denúncias têm sido a ponta de lança dos protestos e da mobilização da oposição, que exige uma revisão minuciosa da contagem e a intervenção de observadores internacionais para garantir a transparência do processo.

A comunidade internacional acompanhou de perto o desenvolvimento dos acontecimentos na Venezuela. Várias nações e organismos internacionais expressaram sua preocupação com as denúncias de fraude e fizeram um chamado a um diálogo pacífico entre as partes.

Estados Unidos, a União Europeia e vários países latino-americanos emitiram comunicados nos quais instam o governo de Maduro a permitir uma investigação independente sobre as irregularidades denunciadas e a respeitar a vontade do povo venezuelano.

Milei e suas críticas ao socialismo: Do Século XXI até 'El Moro'

A mediados de dezembro de 2023, quando o economista libertário Javier Milei assumiu a presidência da Argentina, ele pronunciou um discurso de posse no qual afirmou que o socialismo é um “modelo que falhou em todo o mundo”.

“Nossa liderança decidiu abandonar o modelo que nos havia feito ricos e abraçou as ideias empobrecedoras do coletivismo”, disse Milei diante de uma multidão numerosa que veio celebrar a chegada surpreendente do ex-deputado de La Libertad Avanza à Casa Rosada.

Diante da presença de mandatários de vários países e delegações oficiais que acompanharam o ato de posse, o membro do partido afirmou que este modelo “considera que a tarefa de um político é direcionar a vida dos indivíduos em todos os âmbitos e esferas possíveis. Um modelo que considera o Estado como um prêmio de guerra que deve ser repartido entre os amigos”.

“Durante mais de cem anos, os políticos insistiram em defender um modelo que o único que gera é pobreza, estagnação e miséria. Um modelo que considera que os cidadãos estamos para servir à política e não que a política existe para servir aos cidadãos”, argumentou Milei. “Esse modelo fracassou, fracassou em todo o mundo, mas especialmente fracassou em nosso país”, sentenciou o mandatário.

O triunfo de Milei foi qualificado como uma "tremenda ameaça" para a região latino-americana por Nicolás Maduro. Em seu programa televisivo semanal, Maduro denunciou o suposto caráter "colonial" do mandatário eleito e sua suposta submissão ao "imperialismo norte-americano".

"Não vamos nos calar, porque a chegada de um extremista de direita, com um projeto colonial, absolutamente colonial, de joelhos ao imperialismo norte-americano, é uma tremenda ameaça", disse o líder chavista.

Segundo o socialista bolivariano do século XXI, Milei representa a "direita neonazista" argentina que busca liderar um "projeto colonial" em toda a América Latina e o Caribe.

"Chamamos à reflexão sobre o surgimento de focos da ultradireita que pretendem se impor para voltar a recolonizar a América Latina e desejam impor modelos extremistas. Na Venezuela, não passaram nem passarão, a Venezuela continuará sendo terra livre e bolivariana", sublinhou o herdeiro de Hugo Chávez e peão do regime cubano.

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