O sistema eletroenergetico nacional (SEN) se recuperou na terça-feira, 22 de outubro, e os cubanos recuperaram a “normalidade” do serviço oferecido pela União Elétrica (UNE), que consiste em um fornecimento deficitário que envolve horários programados de cortes de energia.
Após ter vivido um caos absoluto durante quase quatro dias em que o SEN colapsou totalmente, os clientes da empresa estatal que continua sob a direção de Alfredo López Valdés enfrentam quatro dias de apagões parciais.
Apesar de que os números do déficit continuam sendo semelhantes aos já elevados que foram anunciados antes do grande apagão nacional, os apagões agora são percebidos como "suportáveis" por muitos cubanos que acreditavam que o colapso do SEN era definitivo e que a situação de desamparo energético na Ilha era permanente.
Para este sábado, "estima-se que, na hora de pico, a disponibilidade será de 2.080 MW e a demanda máxima de 2.980 MW, resultando em um déficit de 900 MW. Portanto, se as condições previstas se mantiverem, prevê-se uma afetção de 970 MW nesse horário".
Se a véspera prenunciava uma afetação de 946, a UNE constatou neste sábado que a máxima afetação foi de 1.007 MW às 19h40.
“A unidade 3 da CTE Santa Cruz, a unidade 3 da CTE Cienfuegos, a unidade 6 da CTE Renté e a unidade 2 da CTE Felton estão fora de operação. Em manutenção, estão a unidade 2 da CTE Santa Cruz e a unidade 5 da CTE Renté”, acrescentou a UNE em sua publicação nas redes sociais.
Na seção de comentários do Facebook, os cubanos deixaram neste sábado suas opiniões, refletindo o descontentamento que permanece latente após o péssimo serviço que recebem da UNE.
"Somos continuidade, normalizando o apagão para ver até onde aguenta Liborio", apontou uma usuária que não se convence com a suposta "melhoria" do SEN.
"Isso nunca vai melhorar. A economia formal colapsou, a infraestrutura colapsou, os serviços públicos colapsaram. O colapso do Estado é inevitável e está acelerando rapidamente. Apenas uma intervenção externa massiva pode reanimar o país. O sistema elétrico vai colapsar novamente. É uma questão de tempo. Preparem-se," avisou outro.
"Retornamos à 'normalidade': 1.000 MW diários de déficit", concluiu outro cubano com ironia, evidenciando a apatia que acomete os cubanos diante de uma crise energética pela qual não podem cobrar responsabilidades aos responsáveis.
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