O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, atual candidato republicano para as eleições, obtém 68% de prováveis eleitores cubano-americanos em Miami-Dade, o que representa "um máximo histórico", segundo uma pesquisa da Universidade Internacional da Flórida (FIU).
Este estudo foi realizado por telefone com 1.001 cubano-americanos (apenas possíveis eleitores) no condado de Miami-Dade entre 25 de setembro e 9 de outubro. Outro de seus resultados relevantes é que 23% dos cubanos-americanos residentes em Miami-Dade têm a intenção de votar no próximo 5 de novembro na vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris; enquanto 5% estão indecisos.
O que diz respeito a Trump registra a taxa de aprovação mais alta entre 2017-2021 entre esse setor de cubanos das realizadas por essa instituto de FIU, que acompanha a evolução dessa comunidade desde 1991.
Em 2016, a aprovação do empresário alcançou 35%, enquanto em 2020 o número cresceu para 59%, o que indica um aumento naqueles que o acadêmico Guillermo Grenier identificou como “o trem de Trump continua recolhendo passageiros na Calle Ocho”.
A pesquisa também revelou que os republicanos continuam sendo a maioria entre os eleitores cubano-americanos registrados (55%), mas os nascidos fora de Cuba estão divididos em sua afiliação: 38% são republicanos registrados, 33% democratas e 26% independentes (sem afiliação partidária).
Entre as previsões destacadas está o apoio que receberá o senador republicano Rick Scott, com 50%, em comparação com 19% de sua oponente, a democrata Debbie Mucarsel-Powel, nas eleições para o Senado da Flórida.
Os cubano-americanos com inclinações republicanas ou democratas diferem na percepção dos problemas centrais que o país enfrenta.
Para os partidários republicanos, os principais interesses giram em torno da economia, seguidos pela imigração, o acesso aos cuidados de saúde, as relações com a China, Rússia e Cuba, nessa ordem. Para terminar, ficam o acesso às armas e aos serviços de cuidados reproductivos.
Enquanto isso, os seguidores do partido Democrata concentram-se, em primeiro lugar, na atenção médica, seguidos pelo acesso a serviços de aborto seguro, a economia e a acessibilidade a armas de assalto.
As relações raciais, a imigração, as relações com a Rússia, Cuba e a China, continuam para ele.
O embargo dos Estados Unidos contra Cuba foi outro dos temas abordados pela pesquisa, e os resultados mostraram que 55% dos cubano-americanos do sul da Flórida apoiam sua continuidade, embora também mostrem um apoio relativamente alto a algumas políticas de aproximação, como a venda de alimentos (61% de apoio) e medicamentos (69%) para a ilha.
Os cubano-americanos que não nasceram na ilha têm 43% de apoio à continuidade do embargo.
Uma recente pesquisa da empresa Mason-Dixon publicada no início deste mês de outubro concordou que os cubanos têm uma tendência a apoiar o ex-presidente americano.
O estudo, encomendado pelo canal Telemundo 51, revelou que 61% dos cubano-americanos votaria em Trump nas próximas eleições, enquanto apenas 28% apoiaria Kamala Harris, com 4% de indecisos.
Esses estudos anulam os resultados obtidos no final de agosto, quando uma pesquisa realizada pela firma Inquire, a pedido do comissário republicano Kevin Cabrera, refletiu um empate entre a candidata democrata e o republicano no condado de Miami-Dade.
Naquela ocasião, o resultado mostrou que ambos os candidatos tinham 47% de intenção de voto no condado mais populoso da Flórida, tradicional bastião do Partido Democrata.
A amostra deste levantamento foi realizada entre 500 pessoas, entre os dias 22 e 25 de agosto, datas próximas ao término da Convenção Democrata em Chicago, e teve uma margem de erro de 4,5%.
Nas eleições de 2020, Trump ganhou o estado da Florida com 51,2% dos votos, contra 47,9% de Joe Biden.
No entanto, em Miami-Dade, o atual mandatário recebeu a maioria dos votos, com 54% das cédulas a seu favor.
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