Jonathon Renko, um turista canadense que está atualmente em Cuba, está desesperado para voltar para casa após viver na pele os constantes apagões que deixam a ilha sem eletricidade.
Renko relatou sua experiência ao canal Global News e advertiu sobre a magnitude da crise e como suas expectativas de desfrutar de férias foram frustradas pela situação energética.
Em uma reportagem publicada no YouTube, que expõe como os cubanos foram forçados a cozinhar em fogueiras improvisadas nas ruas, enquanto os alimentos se deterioram rapidamente sem refrigeração, o cidadão canadense aconselhou outros turistas a adiar suas viagens até que a emergência elétrica seja resolvida.
E é que o turismo não escapou do impacto do apagão massivo que na última sexta-feira ao meio-dia ocorreu na ilha e que o governo tenta recuperar pouco a pouco, embora ainda com muitos problemas evidentes.
"Lógicamente, viemos de férias, para desfrutar, conhecer, e mal, mal, nos foi mal", declarou à agência AFP o mexicano Roberto Jiménez, que viajou para a ilha junto com sua parceira e amigos.
O mexicano, que viajou à ilha pela primeira vez, sentenciou que “está errado porque isso afeta o turismo e o turista diz: já não volto a Cuba”.
Assim, argumentou que em seu país só falará de uma coisa: “Ficamos sem luz todas as férias”.
Uma experiência também compartilhada por outros visitantes que viram como suas expectativas de descanso se transformaram em desilusão devido ao colapso energético na ilha caribenha.
Por exemplo, no dia da desconexão do sistema elétrico nacional, chegou a Cuba a espanhola Amaya García, de 54 anos. Ela viajava com o marido quando no Aeroporto Internacional José Martí faltou eletricidade várias vezes, o que atrasou mais a fila de imigração e de alfândega.
Seu plano de viagem era passar três dias em Havana e quatro no popular balneário de Varadero.
“Não tínhamos muitas expectativas. Já sabíamos que o país não estava indo bem especialmente, mas o apagão foi difícil”, apontou.
Apesar de o regime tentar captar a atenção do turismo internacional, não apenas com investimentos, mas também com o pagamento de campanhas publicitárias em nível mundial, a realidade do país apresenta um panorama diferente que não passa despercebido para aqueles que decidem visitar a nação.
Segundo dados publicados pela Oficina Nacional de Estatística e Informação (ONEI), Cuba registrou 1.905.644 viajantes de janeiro a julho de 2024, números que ficam abaixo dos contabilizados no mesmo período do ano passado, com uma diferença de 15.263 visitantes a menos.
As cifras mostram que a ilha não consegue atrair a atenção dos turistas, enquanto destinos vizinhos, como Punta Cana ou Cancún, superam amplamente e se projetam como opções mais atraentes.
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