Este terça-feira foi conseguida a sincronização do Sistema Elétrico Nacional (SEN), mas isso não significa que os apagões em Cuba vão acabar; apagões que, segundo a previsão da União Elétrica (UNE) para hoje, serão de 1.042 MW no horário de pico desta quarta-feira.
“Se começou o regime normal de operação, o que não quer dizer que não haja afetacões ao serviço. Continua havendo déficit de capacidade de geração, portanto, haverá interrupções no serviço, mas o sistema como tal já está sendo operado em regime normal de operação", disse Lázaro Guerra Hernández, diretor geral de Electricidade do Ministério de Energia e Minas (MINEM), em declarações à Televisão Cubana.
O SEN se conectou às 14h44, mas à noite, com o sistema já conectado e operando "em total normalidade", a maior afetacão devido ao déficit na capacidade de geração foi de 986 MW às 19h30, coincidindo com a hora de pico.
Ontem, o serviço elétrico foi afetado durante 24 horas, sem poder ser restabelecido durante a madrugada de hoje.
Esta madrugada a demanda caiu para 48 MW de afetação porque "a noite foi mais fresca", disse Guerra Hernández em referência a uma menor utilização de equipamentos de climatização nas casas.
Às 7:00 da manhã de hoje, a disponibilidade do SEN era de 1.880 MW, frente a uma demanda de 2.100 MW, o que deixou 310 MW sem serviço por déficit de capacidade.
Para o meio-dia deste 23 de outubro, estima-se uma afetção de 650 MW.
Neste momento, há quatro unidades termoelétricas fora de operação: uma delas, a unidade 3 de Santa Cruz del Norte, está em processo de arranque para o horário de máxima demanda; e a unidade 1 de Santa Cruz deve ser ligada depois, mas ainda hoje, conforme indicou o diretor do MINEM.
As outras duas unidades que continuarão avariadas são a 8 de Mariel e a 3 de Carlos Manuel de Céspedes.
Além disso, estão em manutenção a unidade 2 da CTE Santa Cruz e a unidade 5 da CTE Renté.
As limitações na geração térmica somam um total de 629 MW.
Atualmente, 24 centrais de geração distribuída estão fora de serviço devido à falta de combustível, o que representa uma perda de 95 MW.
Para o horário de pico -como foi dito anteriormente- prevê-se a entrada em operação da unidade 3 da CTE Santa Cruz, com 50 MW; além das unidades 3 e 4 da Energas Varadero, com 30 MW e 18 MW, respectivamente.
Com estas previsões, espera-se uma disponibilidade de 1.978 MW e uma demanda máxima de 2.950 MW para a hora de pico, o que implicaria um déficit de 972 MW.
De manter-se essas condições, prevê-se uma afet ação de 1.042 MW nesse horário.
"O positivo é que o sistema já está operando em regime normal de operações; o que é necessário gerenciar é a afetacão ao serviço em função da capacidade de geração que temos e como se comporta a demanda," disse Lázaro Guerra.
"Já nestes momentos as afetacões são equitativas em todo o país. E todo o sistema está interconectado. Portanto, as afetacões estão em função da 'estratégia de afetacão' que se tinha antes de ocorrer a queda do sistema", concluiu.
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