Em meio à grave crise na ilha, um politécnico em Santiago de Cuba suspendeu suas atividades docentes devido à falta de alimentos, segundo um vídeo publicado pelo jornalista independente Yosmany Mayeta em suas redes sociais.
No material, ouve-se a diretora do centro informar aos alunos que as aulas estavam suspensas até quarta-feira devido à baixa disponibilidade de alimentos.
A população questiona a capacidade das autoridades de garantir as condições mínimas para o ensino nas instituições escolares da ilha, depois que esta mesma semana ficou conhecido que em outros centros a situação é semelhante.
Mayeta também denunciou na segunda-feira a situação nos círculos infantis da cidade, onde as crianças estariam recebendo porções mínimas de comida, como bandejas com apenas arroz branco.
O caso não é isolado. Na semana passada, o Observatório de Liberdade Acadêmica alertou sobre a crise na Universidade Central "Marta Abreu" de Las Villas (UCLV), onde os estudantes enfrentam a falta de eletricidade e água potável.
Diante da escassez de combustível para o transporte de água, os estudantes protestaram, mas foram ameaçados pelas autoridades e pela Segurança do Estado, aponta o meio.
Organizações acadêmicas e de direitos humanos fizeram um apelo ao reitor da UCLV, Luis A. Barranco Olivera, para que assuma suas responsabilidades e proteja os estudantes de qualquer represália.
Além disso, exigem respeito pela autonomia universitária e denunciam a intimidação que sofrem os estudantes por parte da polícia política.
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