O destino final dos restos mortais do cantor cubano José Manuel Carbajal (El Taiger) estaria sendo objeto de uma suposta batalha legal, segundo mencionou o jornalista da Univision, Mario Vallejo.
Em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, Vallejo indicou que "os donos da funerária que iria processar o envio do caixão para Cuba já estavam no escritório do médico legista e já tinham se acertado com Jorge Junior", quando de repente apareceu "uma mulher" com um poder "supostamente notariado e que tinha todo o direito de decidir sobre o futuro do corpo de El Taiger".
"Em meio a isso, há uma luta interna entre aqueles que querem que o corpo de El Taiger seja cremado e fique em Miami e aqueles, a família, que querem levá-lo para Cuba", acrescentou o jornalista neste fim de semana.
Mario Vallejo, que não identificou pelo nome a mulher que teria o suposto “poder notarial” para decidir, defendeu uma solução negociada para o conflito em um momento em que deve prevalecer apenas a paz e as homenagens ao falecido artista.
O que diz Jorge Junior?
O cantor Jorge Junior, primo de El Taiger, apareceu no Instagram há poucas horas para confirmar que finalmente o funeral será realizado no final de semana de 18 e 19 de outubro na igreja de San Lázaro em Hialeah.
Sem fazer referência direta à suposta mulher a que Mario Vallejo aludiu, o líder de Los 4 expressou que está trabalhando junto aos advogados e à família para garantir que El Taiger possa descansar em Cuba junto de sua mãe, e assegurou que fará tudo o que for possível para que isso aconteça.
"Estamos vendo como levar meu primo para a ilha, para que ele seja enterrado junto com sua mãe, como ele merece", explicou.
"Me mandaram muitos vídeos de algumas pessoas tentando se aproveitar do que aconteceu, buscando audiência, eu não tenho tempo para essas pessoas agora", disse também o cantor.
Ele acrescentou que o momento não é de responder, mas sim de organizar algo “lindo” para se despedir de El Taiger como ele merece.
Em suas declarações, Jorge Junior também mostrou sua confiança nas autoridades americanas e pediu justiça pela morte de seu primo.
Até agora, o que se sabia era que os restos do reguetonero seriam levados a Cuba, conforme havia informado o próprio Jorge Hernández Carvajal (Jorge Junior) anteriormente à Univision.
“Eu o trouxe e eu o levo... Será cremado e estará junto à sua mãe em Cuba”, havia assegurado.
Em redes sociais, alguns seguidores de El Taiger afirmaram que, devido ao seu profundo amor por Cuba, os restos do cantor deveriam ser enviados à ilha.
Outros, no entanto, acreditam que sua vida e sua carreira nos EUA são igualmente significativas e opinam que deveria permanecer em território americano.
Em uma entrevista, o próprio José Manuel Carbajal havia se pronunciado sobre o tema.
"Meu corpo em cinzas e em cima do meu caixão que façam tudo o que quiserem e que joguem cubilete", respondeu entre risos quando lhe perguntaram se ele iria para o céu ou para o inferno.
No dia 3 de outubro, El Taiger foi encontrado gravemente ferido na parte de trás de uma caminhonete Mercedes Benz que foi abandonada perto da sala de emergência do Hospital Jackson Memorial. Uma chamada anônima alertou as autoridades, que imediatamente descartaram que se tratava de uma tentativa de suicídio.
No dia 10 de outubro, foi informada oficialmente a morte do artista após passar uma semana internado em condição crítica.
A Polícia de Miami qualificou o caso como um "quebra-cabeça" e fez um apelo à comunidade para colaborar com qualquer informação que possa ajudar a resolvê-lo.
Segundo o porta-voz da polícia, Freddie Cruz, a camionete onde foi encontrado o corpo de El Taiger já foi identificada e se tem conhecimento do seu proprietário, embora essa informação ainda não tenha sido revelada publicamente.
Um dos nomes que emergiu na investigação é o de Damián Valdez-Galloso, conhecido como "El Narra", que foi identificado como uma pessoa de interesse no caso.
Segundo as autoridades, Valdez-Galloso não é um suspeito direto do assassinato, mas pode ter informações-chave para desvendar o que aconteceu, pois foi a última pessoa a estar com El Taiger na noite anterior ao incidente, e foi, além disso, quem alugou o quarto de hotel onde o reguetonero dormiu antes de receber o disparo.
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