Os apagões em Cuba não cessam e os habitantes da ilha não param de suportar longas horas sem energia elétrica, o que lhes impede de desenvolver sua vida com total normalidade, principalmente devido às dificuldades para o preparo dos alimentos. Neste domingo, de acordo com a previsão da União Elétrica (UNE), as condições não serão diferentes dos dias anteriores.
No dia sábado, os cubanos sofreram interrupções elétricas por 24 horas seguidas devido à falta de capacidade na geração, e assim continuou ao longo da madrugada de domingo.
A UNE informou que a maior afetação por esse déficit alcançou 1.278 MW às 19h30, coincidindo com o horário de pico de consumo elétrico.
Às 7:00 da manhã de domingo, a disponibilidade do SEN era de 1.900 MW, enquanto a demanda já alcançava 2.580 MW, o que implica um déficit de 660 MW. Estima-se que a afetacão aumente para 980 MW ao longo do meio-dia.
Os números foram muito superiores aos que a entidade previu durante vários dias da semana passada, o que evidencia o grave problema com a energia elétrica que se vive na ilha.
O panorama para este domingo inclui entre as eventualidades a paralisação por avarias da unidade 5 da Central Termoelétrica (CTE) Nuevitas e da unidade 2 da CTE Felton. Enquanto isso, informaram que está em manutenção a unidade 2 da CTE Santa Cruz e a unidade 5 da CTE Renté. No total, as limitações na geração térmica somam 504 MW.
A geração distribuída também está no radar de afetacões, com limitações de 558 MW, dos quais 350 MW em 46 centrais de geração distribuída e 208 MW nas Patanas de Melones e Santiago de Cuba, todas afetadas pela falta de combustível.
Para mitigar o impacto, a UNE planeja a entrada de 10 motores da Patana de Melones com 170 MW e a recuperação de 100 MW de geração distribuída que se encontra fora por combustível. No entanto, isso não será suficiente para cobrir o déficit.
Estima-se que para o horário de pico de hoje a disponibilidade será de 2.070 MW, enquanto a demanda alcançará os 3.300 MW, deixando um déficit de 1.230 MW. Se essas condições se mantiverem, a UNE prevê uma afetação de 1.300 MW no horário de pico.
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