Tiñosa deixa sem luz Jicotea e outras localidades de Sancti Spíritus.

Em sua infinita e macabra inventividade, o regime cubano acaba de desbloquear uma nova desculpa para justificar os apagões na Ilha.

Linieros trabajan en subestación de Sancti Spíritus © Facebook / Empresa Eléctrica Ciego de Ávila
Linieros trabalham na subestação de Sancti SpíritusFoto © Facebook / Empresa Elétrica Ciego de Ávila

Parece o título de um meme ou a paródia de uma notícia da União Elétrica de Cuba (UNE), mas é o que realmente aconteceu neste sábado em três municípios de Sancti Spíritus, segundo relatou a Empresa Elétrica dessa província.

“Se encontra sem serviço elétrico o circuito Jicotea, Majagua, Orlando González para retirar tiñosa na Subestação. Exorta-se a manter os equipamentos desconectados para evitar danos”, informou no Telegram a Empresa Elétrica de Ciego de Ávila.

Captura de Telegram / Empresa Elétrica de Ciego de Ávila

Na sua infinita e macabra inventividade, o regime cubano acaba de desbloquear uma nova desculpa para justificar os apagões na Ilha. A partir de sábado, "retirar tiñosa na subestação" servirá para que os responsáveis pelo fornecimento elétrico no país evitem se referir às causas do colapso do sistema eletroenergético nacional (SEN).

Em datas recentes, as autoridades cubanas recorreram ao suposto roubo de óleo dos transformadores elétricos para justificar os extensos apagões que a população enfrenta todos os dias.

Um reportagem do Canal Caribe assegurou que, em meados de setembro, o furto do lubricante causa danos consideráveis na infraestrutura e prolongadas quebras no serviço, que deixa bairros e comunidades sem eletricidade, às vezes por mais de 24 horas.

"Quando ocorrem em subestações e roubam o óleo de um transformador de uma subestação de 4.000 KVA, isso provoca que cerca de 5.000 clientes fiquem sem serviço", disse Israel Ramos, especialista da UNE.

Os supostos roubos de óleo dielétrico começaram em equipamentos em subestações elétricas, mas os responsáveis pela UNE já os relatam em transformadores de distribuição que estão em colunas e postes.

"Os fatos que têm ocorrido nos últimos tempos provocaram que a reserva foi diminuindo e já não temos transformadores de reserva", sublinhou Ramos.

Nesses casos, é necessário buscar opções em outras províncias, o que atrasa a solução, enquanto os clientes permanecem sem serviço. "Na semana passada, na localidade de Zulueta, em Villa Clara, eles ficaram cerca de três dias sem serviço", acrescentou.

Em junho passado, autoridades da entidade denunciaram o fenômeno como um dos fatores que complica ainda mais o panorama energético em Cuba.

Por sua parte, os cubanos estão cansados de ouvir desculpas e pretextos para mascarar a ineficiência do regime. Assim fica patente nos comentários e críticas que milhares de usuários fazem nas redes sociais da UNE e das empresas elétricas provinciais.

"Isto é um constante transtorno psicológico, e para completar, uma mentira atrás da outra, ninguém dá solução a esses problemas que a cada dia se agravam mais", expressou um internauta em meados de julho. Comentários como o dele aparecem diariamente nas redes sociais.

Em setembro de 2023, o diretor da Empresa Elétrica de Havana, Mario Castillo Salas, informou que pelo menos 25 circuitos da capital eram acionados com a passagem de uma tempestade.

"A persistência da chuva em vários municípios limita os trabalhos de restabelecimento", acrescentou a postagem que foi respondida por dezenas de comentários de internautas que afirmaram que a tempestade foi a desculpa perfeita para novos apagões.

Em fevereiro daquele ano, e após o quarto apagão massivo reportado em apenas nove dias, os usuários cubanos explodiram. Entre "incêndios florestais" e "erros humanos", o SEN sofreu um dos colapsos mais notórios dos últimos tempos.

"Como podem ser tão cínicos, mentirosos, manipuladores (...). Por favor, sejam mais criativos, inventem uma mentira melhor", comentou indignado um internauta. "Simples, este sistema político não funciona, os mesmos dirigentes sabem disso e estão conscientes, mas não se importam", acrescentou outro.

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