Obama compara os discursos de Trump com os de Fidel Castro durante um comício democrático.

A reação não caiu nada bem para muitos, que lembraram ao ex-presidente norte-americano seu histórico de aproximação com o governo cubano.


O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aproveitou um comício realizado nesta quinta-feira na Pensilvânia para criticar seu sucessor, Donald Trump, chegando a comparar os longos discursos do ex-mandatário com os de Fidel Castro.

Com sarcasmo e entre risadas, Obama descreveu Trump como um milionário narcisista e fanfarrão de 78 anos que não parou de “reclamar” desde que lançou sua primeira campanha em junho de 2015.

"Tens os tuítes em maiúsculas. Os devaneios e as diatribes sobre loucas teorias da conspiração. Tens os discursos de duas horas, a salada de palavras. Simplesmente... é como Fidel Castro, uma e outra vez", disse.

"Constantes intentos de vender coisas: Vendendo tênis de ouro e um relógio de 100.000 dólares e, mais recentemente, uma Bíblia de Trump", acrescentou em referência às tentativas do candidato republicano de tirar proveito econômico de sua figura.

A reação não foi bem recebida por muitos, que não hesitaram em lembrar ao ex-presidente norte-americano seu histórico de aproximação com o governo cubano.

"Desespero a milhão: Barack Obama, o da política de descongelamento a Cuba, o amigo de Raúl Castro, alega que Trump 'é como Fidel Castro'", escreveu na X Emmanuel Rincón.

"Ele voltou! E chama Trump de 'Fidel Castro'. Aqui está Obama com um verdadeiro Castro, o irmão de Fidel, Raúl. Sinal para o povo de Miami que fugiu da Cuba comunista", apontou por sua parte outra internauta mostrando fotos de Raúl Castro com Obama durante a visita deste último a Cuba em 2016.

"A Obama parecia gostar de apaziguar Fidel e Raúl Castro", apontou uma terceira comentarista sobre a polêmica afirmação de Barack Obama.

Obama diz que Trump divide o país

O ex-presidente Barack Obama também acusou Donald Trump de fomentar a divisão no país.

“Donald Trump quer fazer-nos acreditar que este país está irremediavelmente dividido, que há ‘verdadeiros americanos’ que o apoiam e os que não. Ele acredita que manter as pessoas divididas e enfurecidas lhe dá mais oportunidades eleitorais, sem se importar com quem machuque no processo”, disse.

Em contrapartida, Obama elogiou Kamala Harris, destacando suas origens de classe média, sua experiência como promotora e sua capacidade para o cargo.

“Estados Unidos está pronto para virar a página. Estamos preparados para uma nova história na qual trabalhemos juntos, não divididos. Pensilvânia, estamos prontos para a presidenta Kamala Harris!”, exclamou.

O ex-presidente também se dirigiu aos eleitores masculinos, um grupo no qual Trump mantém vantagem segundo as pesquisas, especialmente entre jovens da geração Z, hispânicos e afro-americanos, onde o republicano tem erodido o tradicional apoio democrata.

Obama sublinhou que a verdadeira força não reside em comportamentos agressivos ou desdenhosos, mas em assumir responsabilidades e defender aqueles que não podem fazê-lo por si mesmos.

O democrata alternou suas críticas com apelos à mobilização eleitoral, pedindo aos americanos que, em vez de vaiar, saiam para votar.

Considerado uma das figuras mais populares do Partido Democrata, Barack Obama foi recebido com uma ovação em um campus universitário lotado de Pittsburgh, na Pensilvânia, estado chave para as eleições de 5 de novembro.

Obama tem sido um firme defensor de Kamala Harris desde que ela se tornou a candidata democrata. Está previsto que, junto com sua esposa Michelle, participe de uma série de eventos para mobilizar o eleitorado nas semanas que antecedem as eleições.

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