Sequestro no México: mãe cubana e sua filha retidas por um cartel que exige dinheiro

Um cubano pediu ajuda nas redes sociais para recuperar sua esposa e enteada, que foram sequestradas por criminosos no México e agora exigem o pagamento de um resgate por suas vidas.

“Quem me conhece sabe que nunca fui uma pessoa de redes sociais nem de pedir ajuda. Hoje sou eu quem precisa”, escreveu desesperadamente no Facebook o usuário Reinier Iglesias.

Segundo este cubano, sua enteada e sua esposa foram sequestradas na tarde da última terça-feira no México, sem especificar a cidade onde estavam, e agora pedem 10.000 dólares para que sejam liberadas.

O cubano pediu a amigos e conhecidos ajuda econômica para poder reencontrar-se com seus familiares. “Se puderem contribuir com um único grão de areia, ficarei eternamente agradecido. Quem não puder doar, entendo a situação, apenas ajudem-me a compartilhar esta publicação para que toque os corações de todas as pessoas que possam e queiram ajudar”, destacou em seu post, onde também deixou seu número de telefone para que o contatassem: 81 385 801 31.

A crise migratória trouxe consigo um aumento nos casos de sequestros de cubanos no México, sendo a rota aproveitada por gangues criminosas para pedir dinheiro aos familiares dos migrantes nos Estados Unidos.

Um episódio trágico como esse foi vivido por uma mulher e seus dois filhos, que foram sequestrados em fevereiro deste ano e conseguiram chegar bem aos Estados Unidos.

"A todos que me ajudaram, não tenho palavras. Todos são minha família porque vocês salvaram minha irmã e meus sobrinhos. Já os soltaram, os liberaram, e estão nos Estados Unidos. Vocês todos são guerreiros... Eu os amo", disse o usuário Osvaldo Hechevarría aos cubanos que colaboraram com dinheiro e compartilhando sua história nas redes sociais.

Outra história diz respeito a um jovem cubano que foi sequestrado no México pouco antes de se apresentar à sua citação no CBP One na fronteira americana.

Ele contou que foi sequestrado junto com outros dois cubanos e seus captores fumavam maconha e lhes davam um burrito de feijão por dia que tinham que dividir ao meio.

Os casos também envolveram grandes grupos de cubanos, como aconteceu em Oaxaca, quando a Promotoria Geral do estado encontrou 85 indocumentados, entre eles 50 cubanos, sequestrados em uma casa particular no povoado de Salina Cruz.