Terror em Matanzas: Quatro ladrões armados com facas assaltam uma família em sua própria casa.

Os habitantes da casa afirmam que não tinham o que os supostos ladrões procuravam: dólares.


Um robô em uma residência do bairro Peñas Altas, em Matanzas, foi exposto na Televisão Nacional, com o objetivo de destacar o trabalho da polícia cubana em um contexto de crescimento da criminalidade na ilha.

Segundo este reportagem, foram quatro os indivíduos que acessaram de maneira violenta a casa durante a madrugada, embora sem especificar o dia em que ocorreu o fato. Dentro da residência estavam um casal, seu filho pequeno e uma pessoa idosa.

Ao ser entrevistado pela mídia oficialista, o esposo relatou que foi ameaçado com uma arma branca, enquanto sua esposa foi agredida no nariz e sofreu outros danos, como cortes em uma mão. Os supostos ladrões estavam procurando dinheiro e os pertences dos habitantes da casa.

Por sua parte, a mulher afetada disse que teve um confronto com um dos malfeitores, quando este abriu a porta do seu quarto. "A pessoa que está no meio do corredor, entre o quarto da minha mãe e o meu, me abre a porta bruscamente e bom, o instinto me levou a ir para cima dele e segurá-lo com a mão porque ele vinha para cima de mim com uma faca", comentou sem se aprofundar no golpe do tabique e sim nas cortaduras que recebeu em uma mão.

No entanto, afirmam que não tinham o que os supostos ladrões queriam: dólares, e estes tiveram que se conformar em roubar o que encontraram na casa.

"Intentaram levar o que tivesse mais valor, já qualquer coisa lhes servia, já uma vez que se sentem donos da ação, começaram a pegar todos os nossos pertences pessoais: roupas, televisão, fogão de indução, batedeira, ferro elétrico", assinalou o homem afetado.

Sua mulher acrescentou entre risos que se tornaram lágrimas que “passeavam pela casa enquanto estavam roubando, tomando o refrigerante como se fosse normal, como se eles estivessem em sua casa e fôssemos nós os estranhos”.

O relatório televisivo destaca o trabalho da polícia para dar "captura em poucas horas" aos supostos ladrões. "A Criminalística, junto com a colaboração das vítimas e da população, foi vital no processo. Em ato público, os bens subtraídos foram entregues", acrescentam.

A imprensa oficialista, responsável por enaltecer o trabalho da polícia e empenhada em uma campanha para apaziguar o temor da população cubana que, a cada dia, ouve sobre o crescimento dos roubos, seja nas ruas ou dentro das casas, assim como de assaltos e assassinatos em um país onde o limiar de pobreza e a insegurança alimentar estão em aumento, omitiu as condenações a esses supostos ladrões, embora, na voz de uma promotora, eles possam cumprir até 30 anos de privação de liberdade.

A narração oficial se inscreve dentro de uma onda de crimes no país, dos quais a polícia não consegue resolver na sua grande maioria. No entanto, embora fique em silêncio diante da maioria, a imprensa oficialista mostra aqueles em que pode tirar proveito para limpar o nome de sua Polícia Nacional Revolucionária, que não goza de uma boa reputação entre os cubanos.

O mesmo fez há alguns dias com a desarticulação de uma suposta banda criminal, composta por vários jovens do município cienfueguero de Cumanayagua.

A suposta banda operava durante a noite e roubava em residências desabitadas, de onde conseguiram subtrair televisores, equipamentos eletrodomésticos e dinheiro.

Segundo o perfil oficialista no Facebook chamado "Las Cosas de Fernanda", que reproduz os fatos ao estilo do programa de televisão Tras la Huella, “os malfeitores vigiavam os moradores, assim como as pessoas que cuidavam das casas, para depois realizar suas traquinagens”.

Também, foram relatados dois casos de roubo em residências em Holguín, onde os ladrões levaram tudo o que encontraram, desde móveis e eletrodomésticos até os talheres para comer.

Incluso, os ladrões não têm trégua, já tentaram roubar até a própria polícia, como foi o caso no município holguinense de Sagua de Tánamo, onde um ladrão tentou roubar o cavalo de um policial quase em frente à própria estação, mas não conseguiu completar seu intento.

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