O governante cubano Miguel Díaz-Canel dedicou palavras de simpatia ao presidente do México Andrés Manuel López Obrador (AMLO), que na noite de domingo celebrou um novo aniversário da independência desse país com o último "grito" de seu sexênio que concluirá no próximo primeiro de outubro.
“#VivaMéxico uma e mil vezes, querido irmão López Obrador. Seu sexênio tem sido o da justiça e do apoio e solidariedade com os despossuídos e com os irmãos de Nossa América”, escreveu o mandatário cubano no X, ao mesmo tempo em que manifestou sentir “uma profunda emoção com seu último #GritoDeIndependência”.
Junto ao post, Díaz-Canel compartilhou um vídeo onde se vê AMLO da varanda do Palácio Nacional, no Zócalo da Cidade do México, dirigindo vivas aos heróis da nação asteca.
Após AMLO cumprir as tradições da celebração: tocar um sino, agitar a bandeira e entoar o Hino Nacional, a festa deu lugar a um show de fogos de artifício e drones, marcando assim o último evento desse tipo para o atual mandatário, na qualidade de governante, uma vez que no primeiro dia de outubro passará a faixa presidencial para sua sucessora Claudia Sheinbaum Pardo, também do partido oficialista MORENA.
Horas antes, Díaz-Canel também cumprimentou o presidente e a mandatária eleita, onde lhes desejou sucesso na celebração por este aniversário da Independência mexicana e se referiu à aprovação, nos últimos dias, de uma polêmica reforma ao poder judiciário.
"Ao celebrar o #GritoDeDolores, com o triunfo da #ReformaAoPoderJudicial, reafirmam o caráter histórico da data", disse em sua mensagem.
Durante o sexênio de AMLO, iniciado em dezembro de 2018, o governante cubano visitou o México em, pelo menos, cinco oportunidades de maneira oficial, enquanto o mexicano foi a Cuba apenas uma vez, na qualidade de presidente dos Estados Unidos Mexicanos.
A última estadia de Díaz-Canel no México foi para participar de uma Cúpula de Migração denominada "Encontro por uma Vizinhança Fraterna e em busca do Bem-Estar", que ocorreu no domingo, 22 de outubro de 2023, em Palenque, no estado de Chiapas, ao sul do país.
A cúpula ocorreu em meio à aguda crise migratória na América Central, devido ao aumento do fluxo ilegal de pessoas por rotas da região com o objetivo de alcançar a fronteira do México e dos Estados Unidos. Questão que não encontrou solução atualmente.
Em maio deste ano, o governante cubano fechou um acordo com o executivo mexicano no qual pactuou a contratação de 1.200 médicos enviados ao México.
Este acordo não esteve isento de críticas, tanto pela oposição ao governo de AMLO, como pelos cubanos, mergulhados em uma profunda crise do sistema de saúde, onde a falta de medicamentos, insumos e a escassez de pessoal nos hospitais são problemas crônicos.
O que você acha?
COMENTARArquivado em: