Menino vende abacates em Santiago de Cuba para ajudar na economia familiar.

Um menino de Santiago de Cuba foi visto vendendo abacates nas ruas da cidade. Esta é a dura realidade que a infância enfrenta na ilha, sob o governo de Díaz-Canel.

Niño en Santiago de Cuba © Facebook Yosmany Mayeta
Menino em Santiago de CubaFoto © Facebook Yosmany Mayeta

Um menino cubano, de cerca de 10 anos, ganha a vida vendendo abacates em Santiago de Cuba para ajudar sua família a sobreviver.

O jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada trouxe à tona um caso que comove os santiagueros. O pequeno está na escola primária e foi visto vendendo abacates na rua Santa Rita, entre Barracones e o Callejón Santiago, no coração da cidade.

Facebook Yosmany Mayeta

O menor oferecia os abacates a 40 pesos moeda nacional, uma imagem que reflete a dura situação que enfrentam muitas famílias cubanas.

Um seguidor de Mayeta capturou o momento em fotos e decidiu ajudar a criança comprando simbolicamente cinco abacates.

“Eu não ia comprar nada porque tenho abacates, mas dei o dinheiro de cinco, porque vê-lo me partiu o coração”, confessou o jovem que fez o gesto solidário.

A cena comoveu aqueles que conhecem a realidade econômica de Cuba, onde cada vez mais crianças, em vez de estarem em suas escolas ou desfrutando de sua infância, se veem forçadas a sair às ruas para colaborar com a economia familiar.

Muitos desses menores, às vezes sem o conhecimento ou consentimento de seus pais, buscam maneiras de contribuir em casa, carregando carrinhos ou vendendo produtos sob o sol.

Yosmany Mayeta pediu em sua mensagem que os pais não sejam culpados por essa situação com os menores, pois cada caso tem características diferentes e é marcado por histórias familiares complexas. Em seu entendimento, o aumento da pobreza extrema devido às políticas equivocadas do governo é a raiz desse problema social.

Os altos preços de produtos básicos como alimentos, artigos de higiene, roupas e calçados deixaram muitas famílias em um impasse, onde mesmo com sacrifícios não conseguem prover o necessário para seus filhos.

Finalmente, o jornalista fez um apelo às organizações não governamentais (ONGs) presentes em Cuba, para encontrar soluções que evitem que as crianças abandonem seus estudos para trabalhar.

“Jamais pedirei dinheiro para ajudar uma criança, mas insto as ONGs a agir. Precisamos parar o trabalho infantil em Cuba”, concluiu.

Este caso lembra outra denúncia de trabalho infantil em Cuba publicada recentemente. Trata-se de um menino em Camagüey que foi obrigado a vender tamales para ajudar sua família, porque sua mãe saiu do país e seu pai em breve também o fará. Apenas uma avó cuida dele.

O aumento do trabalho infantil em Cuba é um problema alarmante que continua se agravando. As promessas de erradicar esse flagelo, feitas pelo governo há décadas, parecem ter se esvaído, enquanto a realidade do país obriga muitos menores de idade a buscar maneiras de sobreviver.

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