Apagões em Cuba: A UNE prevê a afetar 570 MW

Há dois blocos de termelétricas fora de serviço por avaria, e 32 centrais de geração distribuída paradas por falta de combustível (242 MW afetados).

Caída del Sol en La Habana (imagen de referencia) © CiberCuba
Caída do Sol em Havana (imagem de referência)Foto © CiberCuba

A União Elétrica (UNE) de Cuba prevê para esta quarta-feira apagões com uma afetção de 250 MW ao meio-dia e de 570 MW durante as horas de pico.

Na véspera, a jornada começou sem serviço e não pôde ser restabelecida até às 7h40 da manhã. Não havia passado uma hora e começou a ser afetada novamente às 8h37 e permaneceu assim durante todo o dia, até que foi restabelecida às 1h09 da madrugada de hoje.

A máxima afetação foi de 698 MW, às 20:30, coincidente com a hora de pico.

Segundo o relatório da UNE, nesta quarta-feira, a disponibilidade do SEN às 7:00 da manhã estava com todo o sistema em funcionamento. No horário do meio, estima-se uma afetação de 250 MW.

Para a hora de pico, estima-se uma disponibilidade de 2650 MW e uma demanda máxima de 3150 MW, resultando em um déficit de 500 MW, pelo que se prevê uma afetacão de 570 MW.

Captura de Facebook / Unión Eléctrica UNE

Neste momento, duas unidades da CTE Rente e Felton estão fora de serviço. Além disso, 32 centrais de geração distribuída (242 MW afetados) estão fora de operação devido a falta de combustível, e as limitações na geração térmica somam 587 MW.

Em meio a uma crise energética que parece não ter fim, em Cuba estão sendo vistas cenas impactantes, como a de uma família em Bayamo, incluindo uma menor, dormindo ao relento em uma tentativa desesperada de escapar do calor sufocante.

Isis Ro compartilhou no Facebook imagens que mostram uma mulher e uma menina pequena obrigadas a dormir ao ar livre sobre o que parece ser a laje ou o pátio de uma casa.

Na semana passada, o ministro de Energia e Minas, Vicente de La O Levy, admitiu que a estratégia do governo para evitar apagões no verão falhou.

Segundo o executivo, embora os manutenções planejadas tenham sido realizadas durante o primeiro semestre, "houve afetos importantes com o tema combustível", que resultaram em longas interrupções de energia, que chegaram a ser de "até 12 horas em alguns lugares".

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