Alertam sobre jovem com doença mental que deambula pelas ruas de Cienfuegos.

O jovem foi identificado como Brayan, residente em Silverita, no povoado de Ariza, município de Rodas, e aparenta ter cerca de 18 ou 19 anos.

Brayan © Facebook/Betty Linny en Revolico-Cienfuegos
BrayanFoto © Facebook/Betty Linny em Revolico-Cienfuegos

Uma alerta nas redes sociais tenta encontrar ajuda para um jovem com deficiência mental que, presumivelmente, escapou de sua casa e anda pelas ruas da cidade de Cienfuegos.

O jovem foi identificado como Brayan, residente em Silverita, na localidade de Ariza, município de Rodas, e aparenta ter cerca de 18 ou 19 anos.

Captura de Facebook/Betty Linny em Revolico-Cienfuegos

Sua situação gerou muita preocupação entre pessoas que o conhecem, como ex-colegas de estudos e ex-professores, e outras que entraram em contato com ele na rua.

Através de uma publicação no grupo Revolico-Cienfuegos, no Facebook, uma jovem chamada Betty Linny lançou nesta quarta-feira o alerta sobre o caso, preocupada com as condições em que se encontra o rapaz e esperançosa em encontrar uma forma de ajudá-lo.

“Com a permissão do grupo e dos familiares desse rapaz, eu o estou vendo desde a manhã vagando, ele foi ao meu trabalho várias vezes e hoje à tarde o vi novamente no meu bairro, Ave. 50 entre 45 e 43, jogado na rua. Não sei seu estado, se ele tem algum problema, mas estou preocupado e decidi ajudar dessa forma. Por favor, compartilhem para que cheguemos até seus familiares”, escreveu.

Segundo os comentários na postagem, Brayan percorre diferentes áreas da cidade, pedindo comida e dinheiro, e dorme ao ar livre.

Parentes e pessoas próximas ao seu entorno indicaram que o jovem está doente dos nervos ou sofre de deficiência intelectual, e costuma sair de casa, em Ariza, onde vive com sua mãe, chamada Lucía, e outros familiares.

Alguns garantiram ter informado a mãe sobre o paradeiro de Brayan, enquanto outros instaram a reportar o caso à Polícia ou a outras autoridades para que o levem para casa ou busquem uma solução que o tire das ruas.

Nos últimos anos, é significativo o aumento em Cuba de pessoas desamparadas, que vivem nas ruas, sem que as instituições do governo resolvam esse grave problema. Muitos deles sobrevivem graças à ajuda caritativa de outros cidadãos que lhes fornecem comida, dinheiro e roupas.

Em espaços públicos das cidades e vilarejos cubanos, cresceu a presença de doentes mentais, idosos, pessoas com deficiência física e alcoólicos, uma realidade que o regime não consegue esconder. As estatísticas, de um ano para o outro, evidenciam o aumento crescente da extrema pobreza no país.

De acordo com dados publicados em abril passado pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social (MTSS), em Cuba foram registradas 3.690 pessoas "deambulantes" - segundo a denominação oficial - entre 2014 e 2023.

No obstante, a crise econômica e social que o país enfrenta - marcada pela inflação e escassez de produtos básicos, principalmente alimentos - aponta para um aumento além das estatísticas oficiais, dada a crescente quantidade de pessoas desprotegidas que, por diferentes razões, recorrem à mendicância nas igrejas, com os turistas ou buscam seu sustento no lixo.

Em maio, o Conselho de Ministros anunciou um "novo" plano para retirar os mendigos das ruas, com a atualização de sua política de atendimento às "pessoas em situação de rua", após 10 anos de instituída.

As medidas do governo incluem a criação em todas as províncias de centros de proteção social, onde essas pessoas sejam avaliadas clinicamente e atendidas por equipes multidisciplinares.

A ministra do Trabalho e Segurança Social, Marta Elena Feitó Cabrera, assegurou que nos centros que já funcionam em algumas províncias se atende a mais de 3.700 pessoas desamparadas.

De elas, “87% são homens; 50% estão entre 41 e 59 anos; 30% são pessoas em situação de deficiência; 24% têm algum transtorno psiquiátrico; 30% mantêm padrões elevados de consumo de bebidas alcoólicas; e 38% são menores de 60 anos que não têm domicílio ao qual voltar”, segundo os dados citados pela funcionária.

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