Cubano protesta por venda de drogas em seu bairro de Havana: "Um 'químico' vale menos que um refrigerante"

"Minha vida pode estar em perigo porque não estou falando apenas contra o regime, mas contra a criminalidade que vende drogas sem nenhum tipo de punição."


O ativista cubano Alberto Turís Betancourt Pérez saiu nesta quarta-feira para protestar contra a venda de drogas em seu bairro Jesús María, em Havana Velha.

Sem temor às represálias, Alberto saiu à rua com um cartaz em cada mão e gritando que na sua quadra: Gloria, entre Carmen e Rastro, vendem-se drogas como químico, crack e heroína.

"A ninguém interessa, a cumplicidade do regime é evidente, a Polícia não age, as mães estão cansadas de que lhes roubem as coisas, o povo está morrendo e a ninguém interessa", disse.

Alberto Turis apontou que sua vida pode estar em perigo porque ele não está falando apenas contra o regime, mas sim contra toda a criminalidade que vende drogas sem nenhum tipo de punição.

"Impunemente estão acabando com a juventude em Cuba. Um 'químico' vale menos que um refrigerante. Se drogam todos os dias, vivem para isso, já está bom", sublinhou.

O vídeo da protesto foi compartilhado no perfil do Facebook do usuário Generosidad Cristiano Jerusalén, onde o ativista pediu para torná-lo viral.

"A droga está acabando com meu bairro, com minha quadra", denunciou.

"Não me importa que me chamem de chivatón 10 vezes, mais chivatones são aqueles que com seu silêncio permitem que jovens morram e que pessoas sejam roubadas e assassinadas no bairro de Jesús María", acrescentou.

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